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Rui Costa responde a Vieira
Aí está Rui Costa a dar um murro na mesa. O presidente do Benfica passou das palavras aos atos e, num ápice, abanou o futebol português. Bastou uma carta enviada ao presidente da Liga, com conhecimento de todos os clubes, a manifestar a intenção de ver o processo de centralização dos direitos televisivos suspenso para que nada fosse como dantes.
Rui Costa sabe da dimensão do Benfica e entendo esta tomada de posição como um momento de afirmação. Do clube e principalmente dele mesmo. Não acredito que haja um benfiquista que neste capítulo não concorde com o seu presidente, o mesmo será dizer que o candidato Rui Costa começou de imediato a capitalizar votos. Um trunfo jogado na altura certa, como que respondendo ao posicionamento de Luís Filipe Vieira e que reforça uma recandidatura que está iminente. E ainda com o bónus de juntar a arbitragem às críticas. Na mouche!
Rui Costa retira espaço à oposição — sejam lá quantos forem os adversários que se apresentem a sufrágio nas eleições de outubro... — e vai ao encontro dos desejos dos adeptos, que, ávidos de vitórias, esperam agora começar a ver a chegar à Luz os reforços. Creio que este é momento ideal para o fazer.
O Mundial de Clubes já lá vai e há que capitalizar a novela Gyokeres. Sim, o goleador sueco começa a ser um problema para o Sporting. O melhor jogador da Liga nas duas últimas épocas e o grande responsável pelo bicampeonato dos leões, já se percebeu, não vai continuar em Portugal, o que automaticamente reforça a confiança dos rivais.
André Villas-Boas foi o primeiro a capitalizar o momento em Alvalade. Despediu Martín Anselmi, contratou Francesco Farioli e aproveitou a apresentação do treinador italiano para prometer «o maior mercado de sempre» no FC Porto. Assim, sem deixar dúvidas. Uma mensagem clara para os adeptos, que veem as esperanças reforçadas. Com Farioli — ou sem Martín Anselmi… —, Gabri Veiga, Borja Sainz, mais os outros reforços que o presidente acaba de prometer e, fundamentalmente, com Gyokeres bem... longe.
O sueco marcou uma era no futebol português. Foram só duas temporadas mas o impacto foi tão grande que daqui a muitos anos ainda estaremos a falar do supergoleador, pelo que haverá um antes e um depois de Gyokeres. A nova época será, sem dúvida, um teste à estrutura leonina. Tem a palavra Frederico Varandas, que em meio ano perde Ruben Amorim, Hugo Viana e agora Gyokeres.
Na Luz, Rui Costa não perdeu tempo e antecipou-se às eleições. Escolheu Mário Branco para o lugar de Lourenço Pereira Coelho, mas as mudanças no futebol dos encarnados não ficaram pelo diretor-geral, já que o diretor desportivo, Rui Pedro Braz, também está de saída do clube.
Com Bruno Lage garantido no comando técnico, seguem-se os reforços. Primeiro Dedic, agora Rafael Obrador. Falta, claro, o peixe graúdo. Mas, é dos livros, uma equipa constrói-se de trás para a frente. E depois de dois laterais começarão a chegar os craques. Isso é garantido, mesmo que o presidente não os tivesse prometido. Nem era preciso. Todos sabemos que em ano de eleições não faltam presentes…
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