Martim Mayer fala da corrida do lugar que hoje é de Rui Costa

«Se cada adepto gastar 4 euros por mês, Benfica terá €500 M por ano»

Martim Mayer faz contas a 10 milhões de adeptos encarnados e à forma como podem ajudar o clube. Candidatura apresentada formalmente

Martim Mayer apresentou formalmente a candidatura à presidência do Benfica, esta quarta-feira, no Teatro Capitólio, no Parque Mayer, em Lisboa.

«Sinto-me emocionado e que bonito é estar aqui hoje. Obrigado, grande António Simões [pelo apoio], cumprimento toda a nação benfiquista. O Benfica é mesmo muito, muito grande. Quero liderar uma candidatura independente, livre do que gravita à volta do nosso clube. Nós temos o Benfica no sangue. Esta candidatura é livre de amarras, livre de jogos de bastidores que nos amarram. Saber honrar todos os que de forma séria nos transmitiram o que é o Benfica. Humildade, união e trabalho, é por isso que hoje me apresento aqui», começou por dizer o neto de Borges Coutinho, antigo presidente dos encarnados.

«Nos últimos 5 anos conquistou 3 titulos em 20 disputados. 85% de insucesso. Gastou 900 milhões de euros em jogadores e vendeu €1800 milhões, sendo que €800 milhões são da formação. Falta de estratégia e preocupante falta de vitórias. Vamos construir uma estrutura altamente profissional para que possam ser escrutinados», acrescentou Mayer.

O candidato explicou que «um diretor-geral executivo vai definir tudo». «Tem de haver coordenação única no futebol. No futebol temos de dar muito mais atenção às contratações no futebol nacional e continuar a aposta no futebol feminino. Nas modalidades houve performance abaixo do que pretendo e gasto impossíveis. É fundamental para o ecletismo mas tem de mudar a gestão», explicou.

O Estádio da Luz também mereceu atenção: «Estamos a fazer um estudo que determinará como poderemos aumentar a capacidade do Estádio da Luz entre 15 a 20 mil lugares. Vamos apresentá-lo para aumentar a capacidade do inferno da Luz. Vamos fazer, através da Fundação Benfica, a Casa do Atleta para ajudar ex-atletas. Queremos um clube em equilíbrio financeiro que viva com cabeça. Queremos começar as épocas com as contas equilibradas e que acabem com as contas certas.»

Martim Mayer falou igualmente dos adeptos. «Queremos recuperar 150 mil sócios e formar novos sócios. O Benfica tem de olhar para os seus adeptos. Se cada benfiquista gastar por mês 4 euros, 48 euros por ano com o seu Benfica, o clube teria 500 milhões de euros por ano para investir. E temos de olhar para os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]. Vamos abrir escritórios do Benfica na Suíça, França, Estados Unidos e Canadá e assim internacionalizar o Benfica», revelou.

Os direitos televisivos foram, naturalmente, tema. «O meu Benfica não irá abdicar de um cêntimo nesse processo. Um cêntimo. O Benfica não tem de o fazer. O Benfica tem de liderar este processo e liderar o futebol português. Tenho preparada a criação de um gabinete institucional do Benfica para liderar este processo», explicou, antes de ir à comunicação.

«Temos de pôr fim à atual politica de comunicação do Benfica. Próxima dos sócios e para informar os sócios. Não como arma da Direção. O Benfica não deve ter medo do Benfica. O futuro do Benfica joga-se de forma decisiva nestas eleições. Conto convosco e com o vosso voto. Conto convosco para esta mudança», finalizou Martim Mayer, que tem já a concorrência de João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes e Cristóvão Carvalho nas eleições de 25 de outubro.

Sugestão de vídeo: