Walker explica conversa no túnel com Félix: «Não lhe disse que não era o Messi»
Uma conversa entre Kyle Walker e João Félix, há algumas semanas, no intervalo do Nápoles-Milan, correu mundo. O lateral-direito inglês falava com o português para simplificar o jogo, com a frase «passa a bola, aqui ninguém é o Messi».
O Milan perdia por 0-2 ao intervalo e acabou por perder por 1-2.
O jogador tem, convenientemente, uma plataforma para se expressar e explicou os comentários no The Kyle Walker Podcast, que tem na BBC.
«Não era eu a dizer ao João 'não és o Messi, passa a bola'. Estava a dizer 'vamos certificar-nos de que temos um processo'. Ele concordou comigo e disse que precisávamos de mais passes e de um pouco mais de controlo», afirmou, falando depois sobre o facto de o momento ter sido apanhado:
«Não sabia que estava lá uma câmara. Mas mesmo assim não teria mudado nada do que disse. E não o disse apenas ao João.»
"Just pass the ball. We are not Messi. No one is Messi."
— Men in Blazers (@MenInBlazers) April 1, 2025
Kyle Walker to Joao Felix at halftime of Milan's loss to Napoli. Words of wisdom that could apply to nearly all situations, though, really 🤔pic.twitter.com/RKbU5aVm3q
Walker foi mais longe e explicou que há apenas alguns jogadores no mundo que podem mudar um jogo sozinhos – sendo Messi o maior exemplo. «O que eu disse foi que ninguém é Messi. Só o Messi», acrescentou. O que é verdade.
«É o que acontece em todas as equipas do mundo, com exceção de algumas individualidades que podem virar o jogo quando querem. E digo quem são: Kylian Mbappe, Vinicius Jr. (Real Madrid), Mo Salah (Liverpool) ou Ousmane Dembélé (PSG), que tem estado em grande forma desde o início do ano. Fora isso, diz-se que é um jogo de equipa», vincou.
No seu podcast, Walker falou de outro colega de equipa, Rafael Leão. «O que eu estava a dizer ao João é que o Rafa é fantástico. É um dos jogadores a quem se pode dar a bola e ele consegue passar por três, quatro, cinco jogadores e meter a bola na gaveta. Se tivermos um jogador como o Messi, ele pode enfrentar quatro jogadores e colocar a bola no fundo da baliza. Isso torna o jogo muito mais fácil. Mas contra adversários de bom nível, como o Nápoles, sinto que é preciso um processo de passar a bola e desgastá-los. Depois, os espaços aparecem. Foi essa a conversa com o João», explicou também. «No [Manchester] City, a maior parte da nossa alegria nos últimos anos resultou de um processo. Tudo era o processo de descobrir onde se estava em campo. Isso acontecia com os passes», contou.
O que eu estava a dizer ao João é que o Rafa é fantástico. É um dos jogadores a quem se pode dar a bola e ele consegue passar por três, quatro, cinco jogadores e meter a bola na gaveta