Vasco Matos em conferência de imprensa de antevisão à receção ao Sporting na Liga
Vasco Matos, treinador do Santa Clara (Foto: Santa Clara)

Vasco Matos: «Sabemos da pressão que o Sporting tem»

Treinador do Santa Clara, que não vai estar no banco de suplentes, elogiou o campeão nacional e Gyokeres, mas também os seus jogadores, que estão a fazer uma época histórica no clube açoriano

Na última jornada, o Santa Clara perdeu em Guimarães (0-2) e, para além de complicar as contas para segurar o quinto lugar da Liga, não conseguiu o ponto necessário para quebrar o registo histórico do clube no campeonato, 46 pontos.

Por isso, Vasco Matos pretende regressar às vitórias e terá de o fazer nos Açores, em casa, diante do Sporting, campeão nacional, que perdeu a liderança isolada para o Benfica na ronda anterior. Antes disso, o português começou a conferência de imprensa de antevisão ao duelo com os leões para falar do Sr. Formação, Aurélio Pereira, que morreu esta terça-feira, aos 77 anos.

«Antes de mais, gostaria de endereçar as condolências à família de Aurélio Pereira, uma pessoa muito importante para muitas gerações no futebol português, inclusive para mim, na minha formação enquanto atleta e enquanto pessoa», começou por dizer, comentando, de seguida, o jogo em si.

«Em relação ao Sporting, é o campeão nacional, uma equipa com muita qualidade e obviamente que esperamos um jogo difícil. Esta equipa mudou um pouco em relação ao que era antes, entretanto já se está a aproximar mais àquilo que era a sua primeira versão. Esperamos um adversário muito competente, com muita qualidade coletiva e cabe-nos a nós dar uma resposta forte», explicou, abordando a necessidade leonina em vencer este encontro, principalmente após o empate com o SC Braga (1-1).

«Obviamente que sabemos da pressão que o Sporting tem para vencer o jogo e nós temos que saber lidar com essa pressão que está do outro lado. Isso tem muito a ver com o que é o nosso trabalho, temos que perceber os momentos do jogo, aquilo que é a nossa estratégia, o nosso trabalho ao longo da semana e acima de tudo, temos que ser aquela equipa extremamente competitiva, muito ambiciosa e muito agressiva», afirmou, desvalorizando o facto de não estar no banco de suplentes, por ter visto o quinto amarelo no D. Afonso Henriques.

«Obviamente que é importante a equipa sentir essa energia, mas eu tenho muita confiança na minha equipa técnica, já trabalhamos juntos há muito tempo e os jogadores também conhecem bem as ideias e sabem bem o trabalho que foi feito durante a semana. Estádio cheio? É óbvio que o apoio do público é extremamente importante para nós, sentimos a força dos nossos adeptos e nós vamos dar o máximo com muita ambição», atirou, sendo questionado sobre Gyokeres.

«Sem dúvida que é um jogador chave no Sporting. Temos consciência disso, obviamente que trabalhamos essa e outras situações, mas temos o nosso plano, temos que antecipar muitas situações e estar muito ligados durante o jogo. No momento ofensivo temos de ter uma preparação muito competente, porque o Sporting é muito forte nas transições e não podemos desligar nem por um segundo. Essa concentração tem que estar presente durante os noventa minutos», avisou, tendo sido relembrado da vitória na primeira volta, em Alvalade, embora com João Pereira ao leme.

«Sobre os sentimentos do Sporting em relação à nossa equipa, não faço ideia. Aquilo que nós controlamos é o nosso trabalho e nós temos muita ambição interna, somos extremamente competitivos e temos uma grande fome de ganhar. Aquilo que fizemos em dois anos, os recordes que estamos a bater são uma pressão que nós colocamos internamente desde que iniciamos este projeto e é algo que queremos continuar a fazer. Sabemos que do outro lado está uma equipa pressionada, porque tem que ganhar, mas isso não nos pode tirar lucidez daquilo que temos que fazer, temos que ser muito assertivos em todas as nossas ações», finalizou.

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