Tudo começou em ‘Vila Franca do sonho’ para Vasco Matos
Vila Franca de Xira é localidade que muito diz a Vasco Matos, que lá colocou um ponto final na carreira de futebolista e iniciou o percurso como treinador principal. Rodolfo Frutuoso, que na altura presidia à SAD do emblema ribatejano, que chegaria até à Liga 2 e cujos direitos desportivos dariam origem ao Aves SAD, hoje no escalão principal, recorda esses tempos a A BOLA.
«Falava muitas vezes com ele, percebia que ele tinha vontade de ser treinador e chegámos a ter várias conversas, ele sabe-o. Disse-lhe prepara-te, porque um dia vou lançar-te como treinador, e as coisas aconteceram com naturalidade - ele saiu com o Filipe Coelho para o Leixões, depois o Filipe voltou e o Vasco entra com ele, como adjunto no Campeonato de Portugal. Depois, o Filipe saiu para ir com o Paulo Bento [Chongqing Dangdai, China] e é nesse ano [17/18] que lançamos o Vasco como treinador principal», conta, com orgulho.
Se Rodolfo Frutuoso batizou o início de carreira ‘a solo’ de Vasco Matos, quem o sugeriu foi o amigo e antecessor Filipe Coelho, com quem começou a desenvolver uma forte amizade – sob as suas ordens, cumpriu a última temporada dentro das quatro linhas e iniciou a carreira no papel de técnico, primeiro como adjunto.
«Convidei-o para vir, primeiro como jogador para fazer mais um ano e depois integrar a minha equipa técnica assim que terminasse de jogar, saí a meio porque tive o convite para o Casa Pia e ele ficou como jogador. No final dessa época ele foi comigo para o Leixões e para o Vilafranquense como adjunto. Depois, saí com o Paulo Bento», recordou Filipe Coelho, que, revela, não teve dúvidas em recomendar Vasco Matos para seu sucessor.
«Pela relação que tinha com os diretores na altura disse que deveriam ficar com o Vasco e com o João [Batista, também ele atualmente no Santa Clara] e dar seguimento», contou o treinador de 44 anos, que ajudou a dar origem a uma história feliz que neste momento se desenrola nos Açores, com Vasco a treinar na elite lusa.