Trincão tem contrato até junho de 2027 - Foto: Miguel Nunes
Trincão - Foto: Miguel Nunes

Trincão largou as bombas, Kairat recolheu os estilhaços (as notas do Sporting)

Esquerdino abriu caminho para a vitória com dois remates de belo efeito. Só os ferros travaram o fulgor ofensivo de Luis Suárez. Virgínia não tremeu e Alisson (finalmente) deu excelentes sinais
Melhor em campo: Trincão (8)
Bombástico. Quando o jogo caminhava para o intervalo, a equipa demasiado presa sem desatar o nó fruto de um futebol demasiado rendilhado (muitas combinações e passes curtos), a fazer lembrar aqueles intensos duelos que os leões já travaram com os cazaques mas em... futsal, eis que o esquerdino quebrou com toda esta linha após uma verdadeira bomba, de pé esquerdo, fora da área, a bater Kalmurza. Abriu caminho para a vitória e praticamente ‘selou’ o jogo com o segundo golo, novamente em remate de belo efeito, este dentro da área, num arco perfeito. É a referência máxima de todos os bons momentos da equipa (e foram muitos...) e só não foi perfeito porque falhou o terceiro, na cara de Kalmurza, aos 80’.

João Virgínia (7) 
Pontuado. Não sentiu a pesada herança do lesionado Rui Silva. Até ganhou pontos! Travou intenso duelo com Satpaev e saiu a ganhar. Por larga margem, travando golos (com voos fantásticos) aos 34’ e 48’. E aos 57’, reflexos apurados, evitou golo a Jorginho (lance invalidado por fora de jogo). Sai isento de culpas no único golo sofrido.

Fresneda (7) 
Rejuvenescido. A chegada de concorrência (Vagiannidis) parece ter dado nova alma a este jovem espanhol que mostrou estar preparado para ir à luta pelo lugar. Muito ativo, vertical, num sobe e desce constante pela direita, assistiu Trincão para o 2-0 e esteve perto de repetir aos 80’ num passe longo de régua e esquadro para o esquerdino.    

Eduardo Quaresma (6) 
Regressado. Voltou a recuperar estatuto de titular (não acontecia desde o final da Taça na época passada) e cumpriu, mostrando concentração em lances chave. Forte nos duelos aéreos, nota apenas para a abordagem menos positiva no golo de Edmilson.  

Gonçalo Inácio (6) 
Atento. Muito forte na leitura do jogo, veloz na antecipação, foi aí que, de resto, ganhou uma segunda bola no desenho da construção do primeiro golo de Trincão. Atento.  

Maxi Araújo (5) 
Moderado. Está a recuperar os índices físicos após lesão e está distante do fulgor que lhe é reconhecido. Cumpriu defensivamente, faltou-lhe uma maior profundidade no corredor para o apoio ofensivo.  

Hjulmand (5) 
Rígido. Sem o fulgor de outros jogos, aqui e ali a mostrar estranha passividade na condução, cumpriu sem a efusividade de outros jogos. Bem melhor na recuperação do que no apoio ofensivo. O lance em que desperdiçou o penálti (remate fraco...) foi prova de uma noite menos inspirada.   

Kochorashvili (5) 
Oscilante. Não foi o amarelo prematuro (4’) que inibiu o georgiano, com grande raio de ação, combativo, mas a denotar ainda alguma falta de entendimento com Hjulmand na ocupação de espaços. Um remate acrobático (17’) e assertividade com bola.

Quenda (7) 
Imprevisível. Um regalo para os olhos sempre que encara de frente um adversário, pois é complicado adivinhar qual o drible que sairá. Neste jogo saíram quase todos na perfeição, aliado a uma inteligência tática invulgar para a idade. Assistiu Alisson para o golo e marcou o quarto (vale a pena ver...) num lance em que ‘matou’... Luís Mata.  

Pedro Gonçalves (7) 
Solto. Está muito mais confiante, a caminho da sua melhor versão. Faltou-lhe o golo numa exibição de nível elevado. Esteve perto de marcar em duas ocasiões (5’ e 30’), com boas decisões e muita disponibilidade física. 

Luis Suárez (7) 
Incompleto. Só não classificamos como completo porque não... marcou. Atirou duas bolas ao ferro, uma ao poste (37’) e outra à trave (48’), incansável, muito inteligente, sempre a convidar os jogadores a ser usado como apoio para as entradas de Trincão, Pote e outros, é um avançado diferenciado. Aquele primeiro/segundo toque na bola do colombiano é muitas vezes suficiente para desbloquear e ligar a equipa no ataque.   

Suplentes

Ioannidis (6) 
Possante. Deu músculo no último terço, destemido nos duelos, a ganhar espaços e a arrastar defesas. Falta-lhe, obviamente, rotinas, mas continua a dar sinais positivos.  

Morita (6) 
Gentil. A delicadeza como trata a bola, pautando os ritmos do jogo, foram importantes nos instantes finais. Ainda esteve ligado ao resultado assistindo no golo de Quenda.  

Alisson Santos (7) 
Brilhante. A sua estreia na Liga dos Campeões com os primeiros minutos e o primeiro golo. Cinco minutos depois de entrar em campo. Assinou os melhores momentos com a camisola dos leões.   

Matheus Reis (6) 
Seguro. E também estreante esta época. Minutos que transmitiram segurança e importante dose de experiência.   

Debast (5) 
Competente. Nos escassos minutos em que esteve em campo.