Tiago Margarido: «O Vitória estará um pouco pressionado»
Tiago Margarido espera na sexta-feira um Vitória de Guimarães pressionado pelos últimos resultados e que irá assumir o jogo, deixando ainda a garantia de que o Nacional não ficará na expectativa e que não deixará de jogar para vencer o encontro. O treinador realçou ainda que o adiamento do encontro com o Santa Clara, da ronda anterior, para 11 de janeiro deu tempo para descansar e preparar o duelo com os vimaranenses, da 17.ª jornada da Liga.
«Acredito que o Vitória estará um pouco pressionado, porque já não vence há alguns jogos e que vá assumir o jogo de forma aberta, porque tem de ganhar. Mas nós não vamos fazer o contrário. Ou seja, vamos querer nós a ter a bola e fazer o nosso jogo em casa do adversário, obviamente, respeitando aquilo que é a valia do Vitória. Mas vamos com a mesma filosofia de sempre, de procurar fazer o nosso jogo, e não, única e exclusivamente, fazermos valer da situação de maior pressão que eles possam atravessar e de jogar única e exclusivamente em contra-ataque», garantiu Tiago Margarido, que não espera por gestão no onze de Luís Pinto, pese a proximidade do jogo com o Sporting, para a Allianz Cup (já na terça-feira): «Acredito que vai apresentar o onze mais forte.»
Com mais pontos conquistados fora do que em casa, Tiago Margarido quer dar continuidade a esse percurso em Guimarães: «Vamos com o intuito de ganhar ainda mais pontos fora de casa do que aqueles que já conseguimos. Temos muita confiança que o vamos conseguir fazer. Sabemos, contudo, que vamos jogar contra um Vitória que é bem trabalhado, tem um bom treinador, tem bons jogadores. É um projeto europeu, uma equipa que luta pela Europa, e como tal, só por si, já faz antever as dificuldades que teremos pela frente e que juntamente com o seu público, são ainda mais fortes. Estamos preparados para todas as adversidades, mas estamos muito confiantes naquilo que fazemos e que produzimos e que podemos, de facto, vencer o jogo.»
O treinador do Nacional concordou que o adiamento do jogo com o Santa Clara foi bom para a sua equipa. «Sim, é uma vantagem de facto, porque não tivemos competição, no sentido de estarmos mais frescos. Como vamos jogar a uma sexta-feira e vamos ter a viagem, obviamente, se estivéssemos a jogar no domingo, a recuperação não seria a ideal. Desta forma, estamos completamente frescos ao nível físico. Deu tempo para prepararmos o jogo e eu considero isso uma vantagem, o jogo ser adiado beneficiou-nos naquilo que concerne à preparação do encontro com o Vitória», salientou, indicando ainda que Filipe Soares, Ivanildo Fernandes e Ulisses, não estão aptos devido a lesão. Witi, na seleção de Moçambique que disputa o CAN, também não entra nas opções do treinador.
A janela de transferências está quase a abrir e Tiago Margarido voltou a afirmar que só haverá alterações no grupo que comanda se sair alguém. «O que eu já disse anteriormente foi que se sair alguém, vai ter de entrar alguém, como é óbvio. Portanto, estamos dependentes daquilo que possam ser as saídas. Mas a verdade é que é um mercado que tem importância e estou expectante para ver também o que é que os nossos adversários vão fazer a nível de reforços. Porque o facto desta janela do mercado existir faz com que haja equipas que na primeira volta até estejam com uma pontuação abaixo daquilo que era a expectativa, mas depois conseguem recuperar através do reforço do seu plantel e tornam-se equipas completamente diferentes na segunda metade da época. Como tal, estou expectante para aquilo que será o mercado dos nossos adversários», disse.
Para 2026, Tiago Margarido deseja «mais paz no futebol» e que em termos de objetivos do Nacional, que seja, pelo menos, idêntico ao deste ano, porque se assim for «será benéfico». «Fundamentalmente, desejo que haja paz no futebol, porque estamos a atravessar um clima de alguma austeridade, de uma forma que eu acho que não é a mais correta. E logicamente, a saúde e a conclusão de objetivos, é o que eu desejo para todos. E fundamentalmente recordar o ano transato como um ano muito positivo para aquilo que é a vida do Nacional, porque conseguimos a manutenção na Liga, algo que já não era conseguido há algum tempo. E essa estabilidade faz com que o clube possa crescer e possa pensar num futuro mais sólido. E também esta primeira volta que estamos a fazê-la de forma sólida, dentro dos nossos objetivos, salvo erro a sete pontos dos lugares de descida, e que vai de encontro ao nosso objetivo, que é a manutenção. Portanto, um ano que, se for igual, já será benéfico para nós», ambiciona.
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