Sporting: «O maior desafio é juntar-me a uma equipa bicampeã», diz Vagiannidis
— Quais as expectativas para este desafio?
— Desde o primeiro dia que cheguei que sei que o desafio é muito grande. O nível é muito mais alto do que na Liga grega e foi por isso que dei este passo, para evoluir a nível pessoal; alcançar mais objetivos como jogador e pessoa. Os primeiros dias estão a ser muito desafiantes, como esperava, mas muito bons.
— Como viveu esta transferência?
— A primeira vez que ouvi falar do interesse do Sporting foi em janeiro. Ao longo deste tempo percebi que o interesse era mais sério e, para ser honesto, estava ansioso por vir e penso que foi o melhor passo para mim. Gosto muito da vida aqui. O clima em Lisboa é muito semelhante ao de Atenas. As pessoas são muito simpáticas. Estou a gostar muito dos primeiros tempos enquanto jogador de futebol. O meu estilo de vida tem sido muito bom. Estou a gostar bastante.
— Como foi a receção?
— Os jogadores receberam-me bem no balneário, não podia ter pedido melhor. O ambiente é ótimo, os jogadores são muito boas pessoas, com ótimas personalidades.
— Quais as expectativas para este desafio?
— O nível é muito mais elevado do que na liga grega e foi por isso que dei este passo, para evoluir a nível pessoal e como jogador. Pessoalmente não conhecia qualquer jogador, só de nome, mas conheci-os a todos rapidamente.
— Como é juntar-se a uma equipa que é bicampeã?
— Esse é o maior desafio neste passo que dei. O nível é muito alto e, por isso, preciso de elevar o meu nível de jogo e fazer o meu melhor para estar a este nível e melhorar. Vim para uma equipa bicampeã e preciso de estar ainda melhor.
— O tricampeonato é o objetivo no balneário?
— Se somos bicampeões, queremos ganhar o terceiro campeonato.
— Falou com Sotiris, que também jogou no Sporting?
— Sim, falámos várias vezes. Somos amigos desde criança. Falámos muito e já sabia muito sobre o Sporting e assim que soube do interesse do clube falámos ainda mais. Deu-me conselhos sobre a cidade, o estilo de vida, a equipa….
— O que ele lhe disse está a corresponder?
— Quase tudo. Ele teve uma boa experiência aqui, de um ou dois anos. Já sabia muitas coisas e ajudou a que a minha transição fosse mais fácil.
— Foi considerado o melhor lateral direito grego. Está preparado para conquistar, também, a imprensa portuguesa?
— Para ser honesto, não ligo muito ao que dizem os jornais. Há um ou dois anos talvez dissessem que não era bom o suficiente para jogar no Panathinaikos, agora dizem outra coisa. Claro que é uma honra referirem o nosso nome de forma positiva, mas não ligo a isso, sei que vai e vem. Tenho de dar o meu melhor a cada dia, a cada treino e os resultados aparecem.
— Quais os seus pontos fortes enquanto jogador?
— Penso que é o trabalho árduo que desenvolvo todos os dias, a disciplina que tenho na minha vida diária, mas no que toca ao jogo uma das minhas principais características é a velocidade, o ataque ao espaço, atacar e defender bem.
— Tem alguma referência na sua posição?
— Há alguns jogadores que admiro e quero aprender com eles, mas nenhum em particular. Há muitos laterais direitos no mundo que admiro, Hakimi é um exemplo, Pedro Porro, que está no Tottenham e esteve aqui. Há muitos nomes.
— Falou de Pedro Porro. Quer ser um exemplo como ele?
— Espero corresponder às expectativas, as coisas chegam no seu devido tempo.
— Ganhou duas taças da Grécia mas nunca foi campeão. Esse é o grande objetivo?
— Claro, é um dos maiores objetivos que um atleta e um jogador pode conseguir e, claro, também o quero atingir.
— Foi treinado por Rui Vitória. O que lhe disse ele sobre o Sporting e o futebol português?
— Falámos só um pouco nos últimos dias, quando tudo estava confirmado. Disse-me que a Liga é muito competitiva, mais do que na Grécia, as equipas têm um nível muito alto. Deu-me alguns conselhos sobre o campeonato, sobre a equipa que conhece bem, pois foi adversário do Sporting muitos anos. E desejou-me muitas felicidades.
«CLÁSSICO? SEMPRE GOSTEI DE JOGOS GRANDES!»
— Vai-se jogar o clássico entre o Sporting e o FC Porto. Está ansioso?
Claro. Os dérbis são sempre jogos que todos querem jogar. É um jogo que todos vêem, queremos ser os melhores e queremos sempre ganhar. Sempre gostei dos jogos grandes. Antes na Grécia e agora quero viver este clássico. Já me disseram que é muito competitivo e forte.
— Há muitos jogos quentes na Grécia. Está habituado a esses ambientes?
— Sim, aprendi a jogar nesses ambientes desde que era muito novo. Quem já tenha estado no dérbi grego, sabe que a atmosfera é incrível, a pressão é muito grande e penso que aqui vai ser semelhante. Talvez o nível das equipas e dos jogadores seja mais alto, mas penso que a atmosfera e a pressão são quase iguais.
— Está preparado para o ambiente deste clássico. Já viu imagens de outros?
— Sim, já vi imagens e falei com amigos. Sei que são jogos loucos
— Que avaliação faz do FC Porto?
— Fazemos a nossa análise e estaremos preparados.
«CHAMPIONS É UM SONHO»
— Jogar na Liga dos Campeões será o concretizar dum sonho?
— Um dos maiores sonhos que tenho desde criança é jogar na Champions. Não o consegui pelo Panathinaikos. Estivemos quase lá mas depois perdemos com o SC Braga. Mal posso esperar por atingir esse sonho. Foi também uma das razões que me fez escolher o Sporting. Penso que é claro que todos os jogadores querem jogar pelo menos uma vez nessa competição e até mesmo jogar lá durante muitos anos. Sou um deles, claro.
— É a sua terceira aventura no estrangeiro, depois do Inter, em Itália e do Sint-Truiden, na Bélgica. O que retirou dessas experiências que pode aplicar no Sporting?
— Houve coisas que correram mal, que aprendi. Tenho mais experiência agora para atravessar tempos difíceis. Penso que desta vez não será como as outras. Estou mais preparado para estar fora do meu país. Esta escolha vai correr melhor, espero. O ambiente é aqui muito melhor. Tenho mais jogos no currículo para estar preparado para isso.
— Estava há muitos anos no Panathinaikos. Custou-lhe muito sair?
— Claro, foi o clube onde cresci. Era a minha casa, tem um lugar especial no meu coração, mas era altura de avançar, de dar um passo na minha carreira, de melhorar e o Sporting foi a melhor escolha.
—Porque escolheu o número 13?
— É um número de que gosto muito desde que sou miúdo.
— Já conhecia Lisboa ou Portugal?
— Já tinha estado em Portugal, mas não em Lisboa. Estou a gostar muito de Lisboa
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