Eduardo Moreira analisou o reforço leonino no programa A BOLA DA NOITE

Sporting: Kochorashvili revela o que mais o surpreendeu

Médio georgiano assume que a adaptação tem sido positiva

Giorgi Kochorashvili está a viver as primeiras semanas de leão ao peito, sendo que o acordo para a vinda para o Sporting foi fechado há vários meses. Em entrevista ao jornal Sporting, o médio georgiano abriu o livro sobre a chegada a Alvalade e recordou a reta final da época passada no Levante, antes de rumar aos leões. 

«A verdade é que gosto muito de viver o presente. Sempre disse que se a cabeça estiver no futuro ou no passado, tira-nos o que temos agora. Depois de assinar pelo Sporting, continuei a vestir a camisola do Levante e respeito muito o clube, que me deu imenso. Seria errado pensar noutra coisa. Claro que me motivava a ideia de, na época seguinte, poder jogar com a camisola do Sporting, mas é fundamental valorizar tudo o que um clube nos dá. Só queria ajudar o meu ex-clube, que estará sempre no meu coração, a alcançar o sonho de subir à Primeira Divisão espanhola. Sabia que, quando chegasse aqui, a minha cabeça estaria totalmente focada, primeiro em adaptar-me à equipa e, depois, em contribuir para alcançar os objetivos que este escudo representa», começou por explicar. 

«Sempre sonhei com a experiência de estar num clube tão grande, que joga sempre para ganhar. Sempre tive essa mentalidade vencedora e, no último ano, conseguimos alcançar o objetivo traçado. Mas, antes disso, nos clubes por onde passei, sofri muito por não ser assim. Por isso, mudar para uma realidade como esta era o meu objetivo. Quero adaptar-me a esta filosofia de depois de ganhar um jogo, não pensar mais nesse jogo, pensar imediatamente no seguinte. Depois de conquistar um título, pensar logo em como conquistar o próximo. Essa é a mentalidade que me fascina», acrescentou, confessando «sentir-se um sortudo por estar no Sporting». 

«Não vejo isto tanto como um desafio. O que pretendo mesmo é aproveitar cada dia, dar o meu máximo e concentrar-me apenas naquilo que posso controlar», apontou. 

Primeiro contacto com Rui Borges e adaptação

Giorgi Kochorashvili deixou elogios a Rui Borges e confessou que a adaptação foi boa, revelando o que mais o surpreendeu desde a chegada ao Sporting. 

«Não só o staff, mas todo o clube, os colegas, claro, e também o treinador. Vejo nele uma pessoa magnífica. Para mim, o mais importante são sempre as pessoas. Acredito que encaixámos muito bem. Tive a sorte de chegar aqui e estar rodeado de pessoas fantásticas. Depois de uma ou duas semanas, sinto-me como se já cá estivesse há três ou quatro anos. Facilitaram-me muito a adaptação, acolheram-me como um irmão. Sabia que estava a chegar a um grande clube, mas o que mais me surpreendeu, e agora percebo o porquê de tantos sucessos, foi o lado humano. Isso é algo que merece ser valorizado. Acredito que o Sporting está muitos níveis acima no modo como trata quem está dentro do clube», admitiu.  

«Já vi e ouvi falar imenso dos nossos adeptos» 

O internacional georgiano mostrou-se «ansioso» por pisar o relvado de Alvalade. 

«Já vi e ouvi falar imenso dos nossos adeptos. Gosto de perguntar e de saber. Estou ansioso por sentir esse impacto, aquela sensação de que, mesmo quando já não conseguimos dar mais, os adeptos nos empurram. Quero muito sentir isso em Alvalade, sentir o que significa vestir esta camisola e saber que, atrás de mim, não está só um jogador, estão não sei quantos milhares a jogar connosco», afirmou.