«Se Gonçalo Ramos ou João Neves me fizerem um golo, levam uma bofetada»
O Botafogo vai estar presente no Mundial de Clubes, no Estados Unidos, e quis o sorteio que um dos adversários da fase de grupos seja o PSG.
O jogo, marcado para a segunda jornada, vai permitir o encontro entre o treinador Renato Paiva e os jogadores João Neves e Gonçalo Ramos, que bem conhece da formação e equipa B do Benfica.
O treinador abordou o jogo e já tem uma ideia do que pode acontecer – com muito humor, claro. «Há dois [jogadores] que, se me fizerem algum golo, vão levar uma bofetada cada um, o Gonçalo Ramos e o João Neves, do PSG (risos). Vão jogar do outro lado do campo, vai ter essa curiosidade. Já falámos, já falei com o Gonçalo sobre isso. Foram jogadores com os quais trabalhei, mais com o Gonçalo do que com o João. Hoje estão no PSG», comentou em declarações à FIFA.
Mas não serão os únicos na nova competição: «Também há os casos do João Cancelo, do Rúben Dias, do Bernardo Silva, do Ederson... São jogadores com quem mantenho contacto. Falamos muito, acompanho as suas carreiras. Falo com eles nos momentos em que ganham, nos momentos em que perdem, para dar força. Vejo-os com muito orgulho, enquanto treinador tive uma percentagem muito mínima no trajeto deles. Fui um dos vários treinadores que tiveram. Mas o mais importante nestes trajetos são sempre eles, são eles que têm de querer. O trabalho e a humildade são deles. Hoje estão todos num nível muito alto: Seleção portuguesa, jogam Champions. Orgulho-me muito porque enquanto fui treinador na formação fui sempre alguém que nunca olhou para os títulos. O título era ter os jogadores num patamar muito alto e eu pudesse acompanhar isso», analisou.
Apesar de ter pela frente também Atlético Madrid e Seattle Sounders, Renato Paiva mostrou ambição: «O objetivo, num clube desta dimensão, é ganhar, ganhar todos os jogos, ganhar a competição. Não há outra forma de estar neste clube até porque recentemente é um clube ganhador, com os títulos no Brasileirão e Libertadores [com Artur Jorge, na época passada], por isso acresce essa responsabilidade. Nós olhamos jogo a jogo, mas quando entrarmos no avião, o objetivo é obviamente ganhar a competição, sabendo o difícil que é e que vai ser.»
Como vai ser defrontar Atlético e PSG, duas das equipas mais fortes da Europa? «Num Mundial deste nível não tens muita capacidade para escolher adversários, todos os grupos são muito complicados. São equipas muito difíceis, com plantéis fabulosos, com muito investimento. E, depois, com um detalhe muito importante, que aqui, sim, eu acho que nós estamos com alguma desvantagem: quer o PSG com Luis Enrique, quer o Atlético de Madrid com o Diego Simeone, já têm um treinador, uma linha de trabalho, uma linha metodológica que vem ao longo de algum tempo», notou.