«Se ficares, vamos tirar-te da equipa»: Theo revela que foi ameaçado a sair do Milan

Capitão e o lateral com mais golos na história do Milan, Theo Hernández não teve o fim que desejava no clube italiano e, após seis anos em Milão, saiu para o Al Hilal, por 25 milhões de euros. Cinco meses depois, o internacional francês revelou que nunca quis sair de Itália, mas que foi pressionado e ameaçado pela direção a o fazer.

«Nunca quis sair. Nunca pensei em sair. A minha prioridade era ficar. Disseram que eu pedia quantias exorbitantes ou que pressionava para sair... tudo falso. Eu merecia um tratamento melhor. Não esperava por isso. Alguns colegas me incentivaram a continuar, mas quando alguém da direção liga e diz 'se ficares, vamos tirar-te da equipa', o que posso fazer? Procuro outra coisa», disse, em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport, admitindo que estava numa má fase, mas que podia voltar ao seu melhor.

«Com eles [antiga direção], tudo era diferente. Ibra era uma referência, mas depois do Paolo [Maldini], tudo piorou. Sei que cometi erros, como os cartões vermelhos contra a Fiorentina ou o Feyenoord, mas somos humanos. Não estava mentalmente tranquilo e poderia ter feito melhor. Mesmo assim, os adeptos sabem quem era o Theo no Milan», explicou, lembrando como era o clube com Maldini, antigo diretor desportivo.

«O dia em que ele me ligou para nos encontrarmos foi o melhor dia da minha vida desportiva. Conversámos em Ibiza a beber um sumo de laranja. Se sou quem sou e se me tornei o lateral do Milan com mais golos, é graças a ele. Continuamos em contacto. Tenho a camisola dele autografada: ‘Theo, meu digno herdeiro’. Fico emocionado cada vez que a vejo», contou, deixando uma nota final sobre a situação.

«Finalmente tenho a oportunidade de falar sobre isso: há pessoas que querem arruinar a sua vida e a sua carreira. Doeu-me ler certas coisas, mas a minha família sabe que não são verdadeiras», finalizou.