António Salvador lidera os guerreiros do Minho há mais de 20 anos - Foto: SC Braga
António Salvador lidera os guerreiros do Minho há mais de 20 anos - Foto: SC Braga

SC Braga: vendas de encher os cofres e com comissões abaixo da média

Transação de passes superou os €50 M no mercado de verão. Intermediações foram inferiores a 5 por cento, menos de metade do que é recomendado pela FIFA

O SC Braga vendeu bem e pagou pouco em comissões. Esta é uma das principais conclusões que pode ser extraída do último mercado de verão dos guerreiros do Minho.

Os arsenalistas arrecadaram um valor ligeiramente a €50 M, verba em muito promovida pela transferência de Roger Fernandes para o Al Ittihad (€32 M). Mas também há a salientar as transações dos passes de Simon Banza (€8,5 M, para o Al Jazira), de Roberto Fernández (€6,2 M, para o Espanhol), de Matheus Magalhães (€1,25 M, para o Estrela Vermelha), de Joe Mendes (€1,2 M, para o Samsunspor), de Djibril Soumaré (€1 M, para o Sheffield United), de Robson Bambu (300 mil euros, para o Atlético San Luis) ou de Ismael Gharbi (250 mil euros, para o Augsburgo).

Mas estes negócios tiveram ainda um dado comum e que têm bastante relevância: o SC Braga pagou apenas 4,58 por cento em prestação de serviços de intermediação. E esta percentagem é de tal forma abaixo da média (nacional e internacional) que se cifra abaixo da metade do limite máximo recomendado pela FIFA no que se refere à intermediação de operações com atletas (10 por cento).

Os já referidos 4,58 por cento surgem, de resto, em linha com o acumulado desde a época 2020/2021. Desde essa altura e até agora, os bracarenses efetivaram 43 operações de venda que envolveram valores financeiros. E quase metade (20) desses negócios não comportaram qualquer comissão, por serem negócios efetuados diretamente entre clubes. Durante este período agora referido (desde 2020/2021), o SC Braga gerou, em vendas, receitas de €226,1 M, tendo pago €9,3 M em intermediações (4,1 por cento).

Entretanto, realizou-se na tarde desta terça-feira uma Assembleia Geral da SAD do SC Braga, durante a qual o Relatório e Contas referente à época 2024/2025 foi aprovado por 99,97 por cento do capital social representado na reunião magna, sem votos contra e com 0,03 de abstenções. Na ocasião, foi também votado o Orçamento para a época 2025/2026 (que prevê um lucro de €5,85 M), documento que foi validado por unanimidade pelos votantes. «Mais se informa que participaram na Assembleia Geral acionistas que, em conjunto, representam 71,798 % do capital social da sociedade», pode ler-se na nota emitida pelos arsenalistas.