Saiu do Benfica ainda com Lage e acredita que teria mais minutos com Mourinho
Devido à pouca utilização no Benfica, de Bruno Lage, Tiago Gouveia optou por sair neste último mercado de verão e foi emprestado ao Nice, até ao final da temporada, com opção de compra de 8 milhões de euros, mas, entretanto, o seu antigo treinador também saiu e chegou José Mourinho, considerando que este lhe teria dado mais minutos do que o antecessor.
«Tenho de responder à pergunta diretamente, se teria ou não tomado a mesma decisão... Eu sou de origem um extremo vertical, o mister José Mourinho parece gostar de extremos mais verticais. Lukebakio tinha bastante tempo de jogo antes da lesão, o próprio Rodrigo Rêgo é um extremo com o qual até me identifico um pouco na forma de jogar, tem algumas parecenças comigo e foi um jogador que o mister estreou», disse o luso, em entrevista à Sport TV, dando a entender que se arrepende da decisão de sair.
«O Ivan Lima também, um extremo vertical, ou seja, olhando para as características dos jogadores que o mister tem usado naquela posição e olhando para as minhas características, talvez pudesse ter mais minutos do que teria com o mister Bruno Lage», explicou, sendo que ainda não marcou ou assistiu esta temporada, por nenhum dos dois clubes, em 17 jogos.
Nove derrotas consecutivas no Nice
A equipa do extremo de 24 anos está a viver um momento muito mau e leva 9 derrotas consecutivas, para todas as competições, e, além de ser 13.º classificado da Ligue 1, a lutar pela manutenção, também já foi eliminado da fase de liga da UEFA Europa League, na qual perdeu com FC Porto e SC Braga e tem zero pontos. Após novo desaire com o Lens (0-2) na liga, os adeptos, frustrados, fizeram uma receção aos jogadores e insultaram-nos à entrada do centro de treinos.
«A situação foi um pouco dura, porque ninguém estava à espera. Estávamos à espera porque fomos avisados quando chegámos ao aeroporto, que eles estariam aqui à nossa espera. Avisaram-nos que estavam 100 ou 200 aqui, acho que estavam um pouco mais, e à medida que o tempo foi passando, o cenário mudou um pouco, obrigaram-nos a sair do autocarro e a passar entre eles, porque bloquearam a entrada do centro de treinos», contou, afirmando que a situação passou dos limites.
«Tivemos de sair fora do centro de treinos e ir a pé para o centro de treinos, no meio deles. E aí fomos praticamente um a um, nem fomos em grupo, e eu andei, nem olhei para trás, fui sempre em frente. Fui um pouco insultado, acho que eles aí descontrolaram-se um pouco, passaram os limites, mas é passado. Claro que isso fica marcado, fica uma cicatriz no grupo, mas nós temos o nosso trabalho a fazer, estamos confiantes e isso é o mais importante», garantiu.