Tiago Gouveia, extremo português do Nice - Foto: Catarina Morais/KAPTA+
Tiago Gouveia, extremo português do Nice - Foto: Catarina Morais/KAPTA+

Tiago Gouveia: «FC Porto candidato na Liga Europa? É muito cedo para dizer»

Declarações do extremo português após a derrota no Estádio do Dragão

Tiago Gouveia, extremo do Nice, mostrou-se desagradado após a derrota com o FC Porto, por 0-3, na jornada 5 da fase de liga da UEFA Europa League. O português afirmou que a equipa tem de manter a concentração durante mais tempo no jogo, lamentou o golo sofrido logo no primeiro minuto e assumiu entender a frustração de muitos adeptos, que abandonaram o Estádio do Dragão no momento do terceiro golo dos azuis e brancos.

— Não foi certamente a noite que esperava aqui no Estádio do Dragão. Foi um pequeno pesadelo?

— Sim, foi isso que aconteceu. Aconteceu também o que tem acontecido várias vezes connosco: sofrer golo nos primeiros minutos. Aconteceu com o Fenerbahçe, aconteceu agora com o FC Porto, já aconteceu em mais jogos. Isso muda a direção do jogo. Viemos com uma estratégia bem montada, que, mesmo a perder 0-1 e 0-2, viu-se que estava a funcionar, porque o FC Porto, tirando os três golos, quase não criou oportunidades. Claro que depois é fácil falar, dizer que não criou oportunidades mas marcou três golos. É verdade. Mas acho que há coisas que fizemos bem, coisas que temos de guardar e continuar a fazer com mais consistência.

Esta equipa tem muita qualidade, como referi na antevisão, e acho que é isso que nos falta. A consistência, a concentração durante mais tempo. É normal durante os 90 minutos haver momentos de desconcentração, acontece com todas as equipas. Eu próprio, no primeiro jogo que fiz a titular, com o Brest, tive duas desconcentrações e começámos logo a perder 0-2. É isso que temos de melhorar, eu e toda a gente. Conseguir manter a consistência da concentração durante os 90 minutos, para levarmos o jogo até ao fim, com chances de ganhar. Infelizmente, não o conseguimos fazer. Com um golo aos 20 segundos de jogo é muito difícil. Mesmo assim, acho que a equipa foi forte mentalmente, tentou, tivemos algumas oportunidades, não muitas, mas tivemos. O resultado acaba por ser justo, mas acredito que pudéssemos ter uma palavra a dizer se não tivéssemos sofrido um golo tão cedo.

— O impacto do momento do Nice no desempenho.

— O momento não é fácil. Quando sofremos um golo muito cedo vêm os macaquinhos na cabeça. É normal, mas acredito que vamos dar a volta. Um dos treinadores que tive, o Nélson Veríssimo, dizia que «o futebol é como um tribunal». Fomos avaliados hoje e a nossa sorte é que podemos ser avaliados já no domingo outra vez e teremos a oportunidade de dar a volta à situação. É assim que vamos olhar. Vamos lutar pelos três pontos e tentar dar a volta à situação, que não é fácil.

— Como viu os adeptos a abandonarem a bancada após o terceiro golo?

— Não é fácil para eles. Já estive daquele lado. Sei como é quando o momento não é bom. Cabe-nos dar a volta à situação, nós, o equipa técnica, staff, o clube todo. Nós vivemos dos adeptos, eles vivem de nós. A semana deles não será a mesma quando perdemos ao fim de semana, os próximos dias não serão fáceis com a derrota de hoje. Já vivi isso há muitos anos e ainda vivo de vez em quando. É normal, temos de ter respeito por eles, não temos tido. Fazer estas viagens não é fácil. Há que ter mais respeito por eles, há que correr mais para dar a volta à situação.

— O FC Porto é candidato a vencer a Liga Europa?

— Isso ainda é muito cedo para dizer. Claro que o FC Porto tem uma grande equipa, mas há outras grandes equipas também. É difícil dizer se é candidato, mas chegará longe, certamente que sim.

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