Rui Costa: «Ninguém se pode esquecer quais eram as nossas conversas há quatro anos»
Rui Costa, entre 350 sócios e adeptos que o festejaram em Barcelos, numa ação de campanha eleitoral, declarou-se um «felizardo da vida» pelo «privilégio» de receber tanto carinho e apoio.
«Não me vou alongar muito, permitam-me isso, vocês estão fartos de ouvir falar de campanhas, de ouvir os candidatos falar, dizer as mesmas coisas, falar dos mesmo projetos. Acima de tudo, uma das razões que me fazem estar aqui como candidato à presidência é isto, é sentir-me parte da família benfiquista. Estar no meio dos benfiquistas é um orgulho tremendo. Foi na Casa de Barcelos que senti esse calor e apoio e me levou a dizer para mim: ‘Vou ser presidente.’ Hoje, se alguma dúvida tivesse na decisão de me recandidatar, sinto a força e a coragem, nestes momento, para dizer que do Benfica não se desiste. Obrigado pela força e coragem que me dão», começou por dizer, em discurso improvisado e algumas vezes interrompido por palmas.
Rui Costa começou por reconhecer as dificuldades do mandato que está a acabar: «Foram quatro anos que não foram fáceis, admito. Conhecem-me, nunca me escondi com os insucessos, fui sempre o primeiro a dar a cara nos insucessos, sei perfeitamente a frustração que temos, sobretudo como acabou a época passada. Poderíamos ter ganhado tudo, não se pode esquecer essa parte e também não esqueço o trabalho que foi feito.»
Falou, depois, do futuro, que acredita tará mais vitórias: «Para um sócio e adepto são contabilizadas as vitórias, é para isso que vivemos. Há bocado diziam-me: ‘Ó Rui, mas temos de ganhar.’ A minha resposta qual é: «Não há alguém que queira ganhar mais que eu». Tenho a certeza absoluta de que nestes quatro anos, sem as vitórias que desejávamos, preparámos muito melhor o clube para o futuro. Hoje, felizmente, podemos discutir se ganhámos muito ou pouco ou se financeiramente estamos bem ou mal. Há quatro anos, as nossas conversas no Benfica não eram estas, ninguém se pode esquecer quais eram há quatro anos. Hoje, isso não me serve de vitória, porque queremos ganhar, mas todo um caminho foi percorrido para estarmos mais otimistas.»
Rui Costa falou dos objetivos de chegar aos 500 mil sócios — «não é utopia» — e aos €500 milhões de receitas. «As vitórias vão ajudar», partilhou, acrescentando: «Estou otimista em relação ao futuro, tenho paixão e presunção de dizer que os benfiquistas me conhecem, a minha história está aqui, não caí aqui de pára-quedas, não sou benfiquista de ocasião, nunca me escondi, os sócios conhecem-me e tudo faremos para que este quadriénio seja muito mais vitorioso.»
«Somos e continuaremos a ser o clube com a melhor situação financeira em Portugal. Vejo muita gente preocupada com a parte financeira e poucos preocupados como o Benfica vai crescer, intimidados com o que fará o clube crescer. Uns dizem que o Benfica District é cimento, outros que seremos prejudicados nos plantéis — o projeto é completamente à parte da vida do Benfica. Uma coisa não faço — não prometo o que não posso cumprir, mas o que prometo sei que vou cumprir. Tenho muito amor ao clube e jamais estaria nesta posição se não me sentisse capaz, com coragem, capacidade e qualidade para pôr o Benfica onde sempre sonhei e tenho a certeza de que é o sonho de todos os benfiquistas.»