Rui Borges segura Morita no Sporting
O Sporting vai assumir o risco: manterá Morita sem renovação de contrato mesmo sabendo que no final da temporada 2025/2026 o médio sairá livre. O japonês continua firme na intenção de não prolongar o contrato que termina daqui a um ano, quer dizer adeus a Alvalade mas aos 30 anos não chegam propostas que a administração da SAD considere vantajosas, na ordem dos 10 milhões de euros. Por isso, e porque o médio é um jogador fetiche de Rui Borges, os leões estão dispostos a mantê-lo no plantel para cumprir a última temporada de contrato. O treinador agradece, a SAD assume que no final da época o camisola 5 sai a custo zero.
Era intenção do Sporting renovar o contrato de Hidemasa Morita, mais uma ou duas temporadas, mas o japonês logo avisou que não ia renovar. O adeus era assumido por todos, porque o camisola 5 entra na última época de contrato e esta janela do mercado afigura-se como última possibilidade para fazer encaixe financeiro. Acontece que os sinais são claros: não surgem propostas consideradas aliciantes pela administração dos verdes e brancos e por isso o adeus pode ser adiado. Por isso e porque Morita é dos jogadores fetiche de Rui Borges, treinador que muito aprecia as características dum médio que devido a problemas físicos foi menos utilizado na temporada passada — participação em 35 jogos mas apenas 2020 minutos, com dois golos e três assistências — e que elogiou ainda nem treinava o Sporting.
«O Morita impressionou-me bastante a jogar contra. Quando trabalhamos com os jogadores, ficamos ainda mais impressionados. Tem uma inteligência muito acima da média, tomadas de decisão muito boas. Impressionou-me, sim», confessou Borges numa das primeiras conferências que deu como treinador do Sporting, clube a que chegou no dia 26 de dezembro de 2024 para o lugar de João Pereira, que em novembro tinha substituído Ruben Amorim, que partira para o Manchester United.
Contratado ao Santa Clara em 2022, a troco de 3,45 milhões de euros, o centrocampista revelou-se bem melhor do que o bom suplente que se suspeitava que pudesse vir a ser. Cedo começou a ganhar espaço no plantel na altura orientado por Amorim e rapidamente alcançou o estatuto de titular.
Com o sonho de jogar na Premier League, o certo é que a Alvalade não há perspetiva de chegarem propostas na casa dos 10 milhões de euros, nem dos 7/8 milhões têm aparecido, pelo que o adeus do japonês pode mesmo ser adiado. A saída livre de encargos passa a poder ser negociada a partir de janeiro mas sabe A BOLA que os verdes e brancos vão correr o risco e, por outro lado, até consideram como cenário futuro a possibilidade de na continuidade ser o próprio Morita a dar um passo atrás e acabar por aceitar falar em… renovação.
Concorrência no meio-campo
A importância de Morita no meio-campo do Sporting foi crescendo desde que no verão de 2022 chegou a Alvalade. Apesar de ser um dos jogadores mais admirados por Rui Borges, o japonês vai ter de se esforçar muito para ser titular num meio-campo reforçado com a chegada do georgiano Kochorashvili.
Com lugar cativo no setor está o capitão Hjulmand. À espreita para uma grande época está o jovem João Simões, revelação na última temporada mas que se lesionou. Porém tem regresso previsto a 100 por cento já no início dos trabalhos de pré-época. Mais tarde, ao que tudo indica em outubro, volta outro médio lesionado de longa duração: Daniel Bragança.
Debast, central de raiz, foi ao meio-campo adaptado por Rui Borges e volta a ser opção no meio-campo para o treinador. E há ainda os jovens Felicíssimo e Arreiol.
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