Roglic e Pedersen brilharam no arranque albanês do Giro
Os três dias da Grande Partida da Volta a Itália na Albânia foram proveitosos a Primoz Roglic, que replicou o que o compatriota Tadej Pogacar fez na edição de 2024 da Volta a Itália e conquistou a camisola rosa à segunda etapa da prova, e a Mads Pedersen, que somou duas vitórias e enverga aquele símbolo de liderança após arrebatá-lo ao esloveno devido às bonificações.
Em dia de descanso antecipado do Giro, para transfer da comitiva, da Albânia, onde teve inédito início, para o território italiano, em que se estabelecerá a partir de terça-feira — não definitivamente, porque a 14 etapa terminará na Eslovénia —, a corrida italiana já tem o principal candidato ao triunfo final em posição vantajosa. Primoz Roglic, vencedor da edição de 2023, entrou em grande estilo e conquistou a liderança após a segunda etapa, um contrarrelógio individual de 13,7 quilómetros em Tirana, e ganhou tempo importante a alguma concorrência.
O líder da Red Bull-BORA-hansgrohe tem 16 segundos avanço para o espanhol Juan Ayuso (UAE Emirates), que é tido como o principal rival, 25 para a grande esperança dos italianos, Antonio Tiberi (Bahrain Victorious), a 25 segundos, 27 para o australiano Michael Storer (Tudor Pro Cycling), que confirma boa forma evidenciada na Volta aos Alpes.
Em seguida, na lista dos apontados candidatos à maglia rosa, encontramos os irmãos Yates, Simon (Visma Lease a Bike) a 33 e Adam (UAE Emirates), 36 segundos, e ainda Richard Carapaz (EF Education-EasyPost, +37), Giulio Ciccone (Lidl-Trek, +42), Egan Bernal (Ineos Grenadiers, +48), Romain Bardet (Picnic PostNL, +51), David Gaudu (Groupama-FDJ, +54) ou Einer Rubio (Movistar, +55), a menos um minuto de Roglic.
Entre os líderes, o único que está fora da corrida (literalmente) é o espanhol Mikel Landa (Soudal Quick-Step), que foi forçado a desistir durante a primeira etapa, devido a queda grave que lhe causou fratura de uma vértebra.
Sem pretensões à geral, mas a brilhar com a camisola rosa após duas vitórias em etapas, a estrela do tríptico albanês é Mads Pedersen (Lidl-Trek). Impondo-se ao sprint nas duas jornadas em linha, o dinamarquês aproveitou os percursos acidentados para anular os velocistas puros e não teve de Wout van Aert (Visma Lease a Bike) o oponente que se antevia.
Pedersen deverá manter-se no topo da geral, pelo menos, após a quarta etapa, esta terça-feira, propícia a mais um final em sprint, e terá uma prova de fogo na tirada seguinte, cujos derradeiros 30 quilómetros proporcionam palco para aliciante primeiro confronto direto entre os principais candidatos à maglia rosa.