Rivais de luxo e novas regras para a estreia de Yolanda Hokins na elite do surf
A Liga Mundial de Surf (WSL) anunciou que Stephanie Gilmore, Carissa Moore, John John Florence e Gabriel Medina receberam wildcards para a temporada de 2026, prometendo um dos anos mais competitivos da história da modalidade.
O regresso destes quatro campeões, que juntos somam 19 títulos mundiais, pode até ser uma combinação astral, mas muitos arriscam que terá a ver com as alterações que a WSL introduziu no Championship Tour (CT) para o próximo ano, onde Portugal terá pela primeira vez uma surfista, a algarvia Yolanda Hopkins.
Nenhum afirmou explicitamente que as alterações no modelo competitivo, que volta a premiar a regularidade, são a razão para o regresso, mas John John Florence, tricampeão mundial, que fez uma pausa sabática para acompanhar o crescimento do filho, já disse que prefere que a época termine numa onda decisiva como Pipeline. Já Carissa Moore (5 vezes campeã mundial), que regressa após ter sido mãe, nunca escondeu que sofreu bastante com as «devastadoras» épocas, ao perder dois títulos mundiais, mesmo sendo a melhor do ranking.
2026 looking stacked. 👀
— World Surf League (@wsl) November 21, 2025
19 World Titles have just entered the chat as Gabriel, Steph, John & Carissa have all accepted a wildcard for the 2026 CT Season.
It all kicks off at Bells Beach, April 1. Stay tuned. pic.twitter.com/rq4XUeGekT
Já a oito vezes campeã do mundo, Stephanie Gilmore, regressa ao circuito feminino dois anos depois e sempre assumiu abertamente sobre a sua posição dizendo que os campeões devem ser encontrados com base em toda a temporada, a mesma posição do brasileiro Gabriel Medina que depois de ter estado afastado por lesão no último ano, está de volta com os seus três títulos mundiais.
Assim, em 2026, o CT conta com 12 etapas, arranca na Austrália, em Bells Beach, e termina em Pipeline, no Havaí, o berço do surf, mas, em 2026 terá 36 homens e 24 mulheres (mais seis do que em 2025) em competição. Mas é, sobretudo, a forma de encontrar os campeões que está a atrair os nomes grandes e parece animar os fãs.
Calendário CT 2026
Bells Beach, Victoria, Austrália: 1 a 11 de abril
Margaret River, Austrália Ocidental, Austrália: 17 a 27 de abril
Snapper Rocks, Queensland, Austrália: 2 a 12 de maio
Punta Roca, El Salvador: 28 de maio a 7 de junho
Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil: 12 a 20 de junho
Jeffreys Bay, África do Sul: 10 a 20 de julho
Teahupo'o, Taiti, Polinésia Francesa: 8 a 18 de agosto
Cloudbreak, Fiji: 25 de agosto a 4 de setembro
Lower Trestles, San Clemente, Califórnia, EUA: 11 a 20 de setembro
Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos: 14 a 18 de outubro
Peniche, Portugal: 22 de outubro a 1 de novembro
Banzai Pipeline, Havaí, EUA: 8 a 20 de dezembro
Nos últimos cinco anos, os campeões eram decididos Finals da WSL, num só dia, com o top 5. O argumento a favor era que quando o título mundial era decidido pelo ranking e regularidade, o momento decisivo podia acontecer antes de Pipeline e isso tirava emoção ao resto do mundial.
A solução da WSL foi premiar a regularidade e o ranking sendo que a etapa Pipe Masters, a última, terá um novo peso, oferecendo 15 mil pontos, 50% a mais do que qualquer outra etapa.
Simplesmente Alejo Muniz colocando em palavras o sentimento de toda a nação brasileira 🇧🇷
— World Surf League (@wsl) November 25, 2025
O Gabriel Medina voltará a competir no CT de 2026 a partir do dia 1º de Abril. pic.twitter.com/gckey9WWIw
Para o ranking final e definição dos campeões mundiais, serão considerados os nove melhores resultados de um total de 12 possíveis.
And just like that, the Florence family is back on Tour ❤️ pic.twitter.com/rneaGCEEZr
— World Surf League (@wsl) November 24, 2025
Neste ano, que celebra os 50 anos do circuito profissional, também não haverá mais baterias sem eliminação e, consequentemente, a chamada repescagem. Toso dos heats valem classificação direta, o que aumenta a pressão e os riscos.
Snapper Rocks 🤝 Stephanie Gilmore 🤝 2026 pic.twitter.com/cfXThK7hRu
— World Surf League (@wsl) November 24, 2025
Durante a temporada regular (etapas 1 a 9), o circuito contará com 36 homens e 24 mulheres. Após a nona etapa, em Trestles, o número de surfistas será reduzido para a fase final: 24 homens e 16 mulheres disputarão as duas etapas seguintes — em Abu Dhabi e Portugal —, além do encerramento em Pipeline, onde todos os surfistas se reúnem novamente.