Presidente da federação italiana deixa séria ameaça sobre a Superliga
Será esta quinta-feira publicado o veredito do Tribunal de Justiça Europeu relativo ao projeto da Superliga. Mesmo com novos moldes, a possibilidade de criação desta competição permanece de pé, com o Real Madrid e Barcelona a serem os únicos resistentes na sua defesa após desistência da Juventus há alguns meses.
Questionado pela Gazzetta dello Sport sobre a possibilidade de a sentença ir contra os interesses da UEFA, o presidente da federação italiana de futebol, Gabriele Gravina, mostrou-se intransigente e anunciou exclusão das competições domésticas a todos os clubes italianos que queiram participar na Superliga: «Estamos a aguardar e vamos avaliar os perímetros da sentença. Somos a única federação que tomou uma posição clara desde início: somos totalmente contra, existe uma norma da federação segundo a qual quem entra nesse mundo sai dos modelos da federação italiana do futebol», começou por dizer o presidente do órgão que tutela o futebol italiano.
Apesar de afirmar que a federação não irá colocar constrangimentos de adesão à competição, Gabriele Gravina afirma que os clubes devem ter consciência dos seus atos e que apenas está a defender a marca do futebol italiano: «Não podemos impedir a adesão, que continua a ser gratuita, mas é impensável em duas ou três competições de diferentes organizações. Nós já estamos numa luta interna para conseguir conciliar as datas disponíveis para o campeonato, imagina o que aconteceria se acrescentássemos mais uma competição. Eu tenho de salvaguardar pela marca do futebol italiano e os clubes têm de saber que consequências é que estão a enfrentar», concluiu.
A decisão deverá ser tornada pela manhã e a UEFA ficará a saber se o modelo atual de organização do futebol europeu é válido ou não e se este viola as regras europeias da concorrência. Em caso afirmativo, o tribunal valida a defesa apresentada por Real Madrid e Barcelona e legitima a Superliga.