Nuno Mendes e Vitinha brilharam pelos parisienses
Nuno Mendes e Vitinha brilharam pelos parisienses - Foto: IMAGO

Portugueses em grande no louco (e espetacular) Leverkusen-PSG

Nuno Mendes serviu Pacho para o primeiro de nove (!) na BayArena e assinou um no segundo tempo, após ser assistido por Vitinha, que também faturou. Grimaldo falhou penálti em primeira parte imprópria para cardíacos. Uma expulsão para cada lado, um golaço de fora da área e tentos para todos os gostos num hino ao futebol

Louco, imprevisível e... (bastante) desequilibrado. Foi assim o triunfo (7-2) esmagador e humilhante do PSG em casa do Bayer Leverkusen, na noite desta terça-feira, em duelo da 3.ª jornada da fase de liga da UEFA Champions League.

E os nove golos no marcador não contam a história toda: houve um penálti falhado, duas expulsões, outra grande penalidade, um golaço de fora de área e dois portugueses a um nível estratosférico. Vamos por partes.

A avalanche de golos começou logo aos 7', quando Nuno Mendes serviu, com um cruzamento milimétrico, Pacho na área. O golo justificava-se, dado o domínio completo da turma de Luis Enrique nos primeiros minutos.

Os farmacêuticos de Kasper Hjulmand, que ainda não tinha perdido desde que chegou para substituir Erik ten Hag, sentiram tremendas dificuldades ao início, não conseguindo ligar o jogo e permitindo aos gauleses trocar a bola à vontade.

Com o passar do tempo, os germânicos foram ganhando confiança até conseguirem uma ocasião de ouro. Zabarnyi tocou com o braço na bola e o juiz não teve dúvidas, apontando prontamente para a marca dos 11 metros. Chamado a converter, o ex-benfiquista Grimaldo teve pontaria a mais e atirou ao poste.

Pouco depois, Andrich, capitão dos alemães, foi imprudente num lance com Doué e atingiu o adversário com o cotovelo. Expulsão e o jogo parecia perdido para os homens da casa.

Eis que, em poucos segundos, tudo mudou, pelo menos na altura. Zabarnyi cometeu falta dentro da área, também foi para a rua e o Leverkusen, desta vez, conseguiu marcar, por intermédio do espanhol Aleix García.

Novamente em igualdade numérica e com o empate restabelecido, o Bayer ganhou esperança, mas rapidamente a perdeu face ao que sucedeu nos últimos minutos do primeiro tempo.

Três golos de rajada dos franceses, aos 41', 44' e 45+3', deitaram por terra as aspirações dos farmacêuticos. O 1-4 ao intervalo era enganador, porque em campo não se verificou uma diferença tão acentuada, mas a verdade é que o cinismo do PSG voltaria a assombrar os germânicos na etapa complementar.

Um golo com assinatura 100% portuguesa abriu o segundo tempo: Vitinha isolou Nuno Mendes com um passe muito bem medido e o lateral-esquerdo não tremeu na cara de Flekken. Se dúvidas ainda houvesse sobre o desfecho da contenda, ficaram desfeitas logo aos 50'.

Conformado com a goleada, o Leverkusen ainda conseguiu reduzir, e logo com o golo mais bonito da noite. Aleix García não pediu licença e disparou uma bomba para o fundo da baliza de Chevalier, que ficou pregado no chão. Bis do espanhol, que foi a grande figura do lado germânico.

Os parisienses não acusaram a pequena pressão que o 2-5 colocou e rapidamente voltaram a alargar a vantagem. Dembélé, que tinha acabado de entrar, três minutos antes, não quis ficar de fora do festival de golos e também celebrou.

Ainda com fome, apesar de já ter o jogo no bolso, a formação de Paris ainda chegou ao sétimo golo e a autoria foi, mais uma vez, lusa. A bola sobrou para a entrada da área e Vitinha não hesitou, atirando a contar, de primeira, batendo Flekken, que passou uma boa parte do encontro a ir buscar o esférico ao fundo da baliza.

Mais uma exibição de gala dos dois portugueses com a camisola do PSG na liga milionária. Gonçalo Ramos não saiu do banco de suplentes e João Neves continua a recuperar de lesão.

Feitas as contas, o campeão gaulês continua imparável na UEFA Champions League e soma nove pontos em nove possíveis. Já o Bayer tem apenas dois.