A festa portuguesa - Foto: FPF
A festa portuguesa - Foto: FPF

Portugal entra a golear (e a desperdiçar) no Mundial sub-17

Equipa nacional confirma o claro favoritismo que se antevia perante a Nova Caledónia: venceu por 6-1 e ainda teve cinco remates aos ferros. Está praticamente qualificada para a fase seguinte, em função de se apurarem também os oito melhores terceiros classificados

Foi a goleada que se esperava para Portugal na entrada em competição no Mundial sub-17, frente à frágil seleção da Nova Caledónia, que apenas não foi maior devido a sofreguidão, na primeira parte, e ineficácia na segunda, associados a cinco (!) remates aos ferros que levaram a que o resultado de 6-1 não fosse muito mais volumoso.

Ainda assim, o resultado alcançado coloca a equipa das Quinas na frente do grupo e com o apuramento para a fase seguinte da prova, os 16 avos de final, muito bem encaminhado visto que, num Mundial disputado a 48 equipas, transitam 32 para a fase seguinte – os vencedores dos 12 grupos, assim como todos os segundos classificados e ainda os oito melhores terceiros classificados. Tendo Portugal goleado a Nova Caledónia, muito dificilmente os sub-17 lusos não se qualificarão.

A primeira etapa de Portugal neste Mundial começou com um solavanco, causado por um momento inusitado – Anísio Cabral cabeceou certeiro aos 7’ e a equipa portuguesa celebrava quando o banco da Nova Caledónia solicitou um video support (em teste nesta competição).

O lance foi não apenas invalidado como até invertido, pois no início da jogada havia existido grande penalidade cometida por Ricardo Neto sobre Ezekiel Wamowe, que aproveitou para colocar a modesta seleção da Oceânia na frente.

Uma surpresa perante a qual Portugal reagiu mal – Anísio Cabral apontou o golo da igualdade aos 22’ e o domínio luso foi evidente, mas a ansiedade e alguma sofreguidão impediam que os comandados de Bino Maçães tomassem as melhores decisões no momento da finalização, com destaque para um remate de Santiago Verdi ao travessão, aos 29 minutos, entre várias outras boas tentativas para marcar.

O intervalo trouxe alguma calma aos jogadores portugueses, que precisaram de apenas dois minutos na segunda parte para materializar a reviravolta, no bis de Anísio Cabral, e as dúvidas sobre quem venceria o encontro estavam totalmente dissipadas.

Alugou-se, verdadeiramente, meio-campo e com facilidade a equipa das Quinas alcançou o terceiro, por Stevan Manuel, aos 53’, e o quarto golos, por Mateus Mide, aos 59’. Havia mais de meia hora para concretizar um resultado tão avassalador quanto a diferença de potencial entre os dois conjuntos, mas até final só se registaram mais dois golos e ambos já nos minutos finais.

Portugal tentou muito, mas apenas efetivou o seu domínio aos 85’, por Mauro Furtado, numa ação na pequena área, e aos 90+7’, numa excelente execução de José Neto, que controlou a bola no peito e no mesmo movimento atirou certeiro e sentenciou o 6-1 final.

Pelo meio, a ineficácia do conjunto nacional teve expressão numa invulgar atração pelos ferros – depois de Verdi, na primeira parte, também Miguel Figueiredo (50’), Mateus Mide (62’), João Aragão (82’) e Mauro Furtado (89’), atiraram aos postes da baliza da Nova Caledónia. No final, foram seis golos, mas ficaram a dever-se muitos mais…