Portugal com inédita 'dobradinha' na Catalunha
Não foi fácil, longe disso, mas Portugal saiu 100 por cento vitorioso de do Torneio Internacional Golden Cat, em Cedarnyola del Vallès, nos arredores de Barcelona, ao ganhar tanto no sector masculino, pela terceira vez, como no feminino, repetindo o êxito de 2023.
Na final dos homens a vitória sorriu por 4-3 contra a França. Adversário que na véspera, na 3.ª e última jornada da fase inicial, conseguira uma igualdade a 4-4 e chegara a liderar por 2-0 e 3-1.
Desta feita, logo no minuto inaugural Zé Miranda colocou o conjunto de Paulo Freitas na frente. Não por muito tempo já que, Bruno Benedetto (2’) igualou o placard logo a seguir e Roberto Benedetto (11’) deixou os gauleses na frente ante do intervalo.
Na 2.º parte, Foi Gonçalo Alves (28’) que conseguiu a igualdade a 2-2, para depois Miguel Rocha marcasse os golos da vitória antes de Rêmi Herman (25’) reduzisse para 4-3 antes do apito final. Na decisão do 3.º lugar a seleção da Catalunha bateu a Itália por 6-5.
«Competição interessante e importante para nós. Acho que atingimos os objetivos pretendidos e não falo porque ganhámos, porque é evidente que quando entramos nas competições é para ganhar. O principal objetivo era experimentarmos algumas coisas, expormo-nos ao erro, experimentar algumas dinâmicas em momentos de jogo específicos. Tivemos aqui um conjunto de situações que nos permitiram perceber que temos ainda muito a trabalhar, obviamente, mas que já temos muita coisa assimilada, que já estamos com o processo mais ou menos consolidado. Agora resta-nos continuar a trabalhar na próxima semana, continuar a melhorar, analisarmos aquilo que aqui fizemos de bem e, fundamentalmente, aquilo que não fizemos tão bem para ir à procura de melhorar para nos apresentarmos na nossa melhor versão no dia 1 de setembro e conseguirmos manter essa versão até o dia 6», declarou o selecionador Paulo Freitas à comunicação da federação.
Na final feminina, Portugal levou a melhor face à Catalunha 5-4, mas só após desempate por livres directos (2-1), já que no final do tempo regulamentar havia um igualdade a 3-3, que persistiu no prolongamento. Este foi garantido graças a Raquel Santos (49’) que alcançou o empate a cerca de um minuto do fim.
té então Leonor Coelho (6’, 28’) conseguira por duas vezes colocar a turma das quinas na frente, mas Carla Fontdeglòria (25’) e Joana Xicota (42’) alcançarem a igualdade, com Alba Ambrós (46’) deira pela primeira vez as anfitriãs no comando. Inês Severino e Raque, Santos marcaram as penalidades de Portugal. Para o 3.º lugar a França derrotou a Alemanha por 2-0.
Na vertente masculina, Portugal revalidou os triunfos de 2022 e 2024, vencendo a França na final, por 4-3, enquanto a equipa feminina impôs-se à anfitriã Catalunha, no desempate por livres diretos (2-1), após uma igualdade a 3-3 no final do prolongamento.
Zé Miranda, no primeiro minuto, deu a vantagem a Portugal na final masculina, mas a França deu a volta com golos dos irmãos Bruno e Roberto di Benedetto, e atingiu o intervalo a vencer por 2-1.
Gonçalo Alves empatou a dois golos e, numa situação de ‘power play’, por cartão azul a Roberto di Benedetto, a seleção portuguesa passou para a frente com dois golos de Miguel Rocha, antes de Rémi Herman reduzir de penálti, no derradeiro lance.
No jogo para definir o terceiro e quarto lugares da variante masculina, a seleção da Catalunha venceu por 6-5 a Itália, repetindo o triunfo na fase grupos (6-4), e fechou o pódio.
No torneio feminino, Portugal recuperou o troféu que já ergueu em 2023 ao vencer a seleção da Catalunha no desempate por livres diretos (2-1), após empate a 3-3 no final do prolongamento, resultado que se verificou no tempo regulamentar.
Leonor Coelho, por duas vezes, e Raquel Santos marcaram os golos da formação lusa, enquanto Carla Fontdigloria, de penálti, Joana Xicota e Alba Ambrós assinaram os tentos das catalãs, que no ano passado tinham erguido o troféu, precisamente numa final com Portugal.
Concluído o prolongamento sem golos, Portugal foi mais eficaz na marcação dos livres diretos e impôs-se por 2-1, contando igualmente com a eficácia da guarda-redes Sandra Coelho, que defendeu quatro remates.
A França ficou na terceira posição, ao bater a Alemanha por 2-0.
«Hoje valeu acima de tudo pela parte desportiva e emocional, mais do que por questões técnicas e táticas. Na primeira parte demos continuidade ao que tínhamos feito no primeiro jogo contra elas. O desafio era exatamente esse: tentarmos fazer as mesmas coisas, mas melhor e conseguimos. Na segunda parte penso que a parte desportiva sobrepôs-se e não fomos tão racionais, tão disciplinados, tão focados no que eram os pontos que tínhamos decidido que eram importantes para este tipo de jogos. Mas, claro, quando chegas ao final dos jogos e estás tão perto de ganhar, é natural que a emoção se sobreponha à razão. Contente pela vitória que elas conseguiram e pela alegria que eu sinto que elas sentiram com este resultado. Dá-nos ânimo e conforto de que estamos a trabalhar, no caminho que achamos que é o mais certo e que elas acreditam», analisou o selecionador Ricardo Barreiros ao site da FPP.