Pérez sobre o lugar ao lado de Verstappen: «Nem Hamilton ou Leclerc sobreviveriam ali...»
Sergio Pérez abordou os desafios únicos de ser colega de equipa de Max Verstappen na Red Bull, em entrevista à Sky Sports F1. O piloto mexicano acredita que até nomes como Lewis Hamilton e Charles Leclerc teriam dificuldades em igualar o neerlandês, alegando mesmo que é um dos piores trabalhos possiveis para qualquer piloto.
Pérez partilhou a garagem com Verstappen durante quatro temporadas, desde que se juntou à equipa em 2021, período no qual o neerlandês conquistou quatro títulos mundiais consecutivos.
Uma campanha dececionante em 2024, que viu Pérez terminar em oitavo no campeonato de pilotos, resultou na sua saída da equipa, ficando sem lugar para 2025. No entanto, as dificuldades ainda maiores de Liam Lawson e Yuki Tsunoda no segundo carro da Red Bull este ano ajudaram a contextualizar o desafio enfrentado pelo mexicano.
«Não gosto de criticar os pilotos que lá estiveram, porque estive nessa posição e sei exatamente pelo que estão a passar» afirmou. «No momento em que assinei a minha saída da Red Bull, quando chegámos a um acordo, pensei: 'pobre do tipo que vier para aqui, é um lugar muito difícil'.»
«Estar ao lado do Max é muito difícil, mas estar ao lado do Max na Red Bull é algo que as pessoas não compreendem. Há tantas coisas que vos poderia contar, mas é simplesmente um trabalho muito complicado para um piloto.»
«Nenhum piloto consegue sobreviver ali. Não importa se trazem o Hamilton, o Leclerc. Quem quer que tragam para lá vai ter imensas dificuldades. É um estilo de condução muito único. Tens de te estar constantemente a adaptar às necessidades do Max. É tão simples quanto isso», reafirmou o mexicano
Verstappen ganhou a reputação de ser o derradeiro destruidor de colegas de equipa na F1, com pilotos de grande calibre a sentirem dificuldades para o igualar.
Nomes como Pierre Gasly e Alex Albon foram rapidamente superados por Verstappen antes da chegada de Pérez. Já esta temporada, Lawson durou apenas duas corridas antes de ser substituído por Tsunoda, cujo futuro na modalidade está agora em dúvida.
Apesar de alguns atritos durante o tempo que passaram juntos, Pérez e Verstappen mantiveram, na sua maioria, uma relação sólida.
O neerlandês recuperou terreno na luta pelo título deste ano, aproximando-se da dupla da McLaren, Lando Norris e Oscar Piastri. Pérez considera que o seu antigo colega de equipa seria o mais justo vencedor do campeonato.
«O Max tem sido a grande figura do ano. Ele mantém toda a gente a ver F1», disse Pérez. «De alguma forma, eles transformaram a temporada e, com a McLaren a cometer erros, ele tem uma hipótese de o conseguir. Penso que é o piloto que mais merece o campeonato, porque tem pilotado de forma fenomenal», comentou.
No que diz respeito ao seu regresso à F1, o piloto mexicano confessou que está muito entusiasmado e que ainda tem muito para mostrar na prova rainha do automobilismo: «Estou muito entusiasmado. Acredito que ainda tenho muito para dar ao desporto. Tive muita sorte com a carreira que tive, mas quero terminá-la em alta. O último ano da minha carreira foi difícil, e sei o quão bom posso ser com o ambiente certo à minha volta», começou por dizer.
«Sinto que as pessoas vão ficar surpreendidas com o quão competitivo e bom serei no meu regresso. Já tenho essa motivação comigo. Tenho este último ponto a provar na minha carreira e quero garantir que saio quando eu quiser», finalizou.