Perdas de vulto, um arrependimento e mais: tudo sobre a saída de Vítor Pereira
Zero vitórias, dois empates e oito derrotas nas 10 primeiras jornadas da Premier League ditaram o despedimento de Vítor Pereira do Wolverhampton. A decisão foi conhecida este domingo de manhã, no dia seguinte ao desaire averbado pela equipa do Molineux em casa do Fulham, de Marco Silva, por 3-0.
Em comunicado, os Wolves justificaram a saída do treinador português com o «desempenho abaixo dos padrões aceitáveis», mas A BOLA desvenda todos os contornos de um processo que começou a ganhar alguns contornos ainda no verão, perante a saída de peças importantes do plantel, como Matheus Cunha (melhor marcador da equipa em 2024/25), Nélson Semedo e Ait-Nouri, três dos cinco mais utilizados na temporada transata.
Ao que o nosso jornal apurou, o plano delineado pelo emblema das West Midlands para o mercado de verão não correu da forma esperada, com vários alvos prioritários a acabarem por rumar a outras paragens ou a permanecerem nos respetivos clubes. Como tal, a constituição final do plantel acabou por deixar a desejar, com reforços que, numa fase inicial, eram planos secundários e tinham pouca ou nenhuma experiência de Premier League.
Aliado a este fator, os resultados, como acontece (quase) sempre no futebol, acabaram por ter influência decisiva aos olhos da estrutura do Wolverhampton. Mas a forma como algumas derrotas e empates aconteceram, com golos dos adversários na reta final das partidas, pesaram sobremaneira no estado de espírito dos jogadores.
Quanto ao próprio Vítor Pereira, A BOLA sabe que, nesta fase, o técnico luso está arrependido de não ter saído dos Wolves no final da última época, com a permanência garantida (por margem assinalável) e o apoio dos adeptos. Por outro lado, a vontade de dar sequência a esse cenário positivo acabou por pesar na escolha do treinador, que até tinha renovado contrato há algumas semanas.
No que toca à saída, agora consumada, os Wolves não vão pagar o que restava do contrato de Vítor Pereira na íntegra, uma vez que o mesmo continha uma cláusula que previa a eventual saída do técnico. Sobre os objetivos para o futuro próximo, o português, de 57 anos, pretende regressar às lides de Premier League com a maior brevidade possível, uma vez que entende ainda ter muito para dar em Inglaterra. No final de 2024/25, foi um dos nomeados para o prémio de Treinador do Ano.
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