Pedrosa e Campos constroem tetra de areia

Com o Estádio de Praia de Matosinhos como palco, tal como em 2023 e 2024, os campeões Hugo Campos e João Pedrosa voltaram a ter de defender o título de vólei de praia frente aos irmãos Gonçalo Sousa e Tomás Sousa na derradeira etapa do Circuito Nacional. E uma vez mais levaram a melhor ao resolver a final por 2-1, com os parciais de 21-13, 12-21 e 15-13. Bem mais complicado do que o 2-0 (21-17-21-16) de 2024.

A grande diferença é que, desta vez, Campos e Pedrosa sagraram-se tetracampeões e na festa do pódio festejaram-no com quatro dedos da mão bem esticados.

O 3.º lugar foi para a dupla Francisco Pombeiro e Sebastião Leão, que derrotaram Afonso Iglésias e Ricardo Pedrosa por mais tranquilos 2-0 (21-15, 21-13). Para Pombeiro, trata-se do segundo bronze após, na época passada, ter feito equipa com Rafael Santos.

«Antes de mais temos que dar os parabéns ao Gonçalo e Tomás Sousa porque foi um jogo digno de um espectáculo de voleibol de praia e a exibição deles foi excelente. A vitória poderia ter caído para eles, mas caiu para nós desta vez e estou muito contente por isso», começou por referir Pedrosa.

«Foi um nível muito elevado das duas duplas. Não estavam nas melhores condições de sempre, mas mostraram do que são capazes, porque é este o nível deles e conseguem chegar a ainda mais. Dificultaram-nos muito a vida, mas conseguimos manter-nos unidos e acreditámos até ao final. Deu certo!», analisou Campos.

Quanto ao Circuito João Pedrosa classificou-o de «bastante competitivo». «O grau da competição está a aumentar. Toda a gente tem feito um grande esforço para elevar o seu nível. E como se viu agora na final, foi um jogo super difícil. Mesmo nos outros encontros tivemos que dar 300 por cento para conseguir ultrapassar esses obstáculos. Por isso, quero igualmente dar os parabéns às restantes duplas que não chegaram ao pódio. Não é fácil estar sempre a treinar, treinar, treinar para jogar no fim de semana. É uma longa caminhada», concluiu o internacional luso.

No sector feminino, as tricampeãs Beatriz Pinheiro e Inês Castro também voltaram a estar na decisão do título, mas, ao contrário de Pedrosa e Campos, não foram bem-sucedidas, o que permitiu a estreia Daniela Loureiro e Vanessa Paquete, que haviam ganho as etapas de Portimão e Espinho, sagraram-se campeãs pela primeira vez com vitória por 2-1 (15-21, 23-21, 15-9) e domínio total do terceiro set, no qual se terá feito sentir o desgaste exigido ao longo do dia e do segundo set, que muito contribuiu para que a final durasse 56 minutos.

Na decisão do 3.º lugar, Margarida Santos e Carolina Maia foram superiores a Mariana Maia e Gabriela Coelho com a vitória por 2-0 (25-23, 21-19).

«Jogávamos juntas no Sporting e ao longo do ano fomos sempre falando sobre o vólei de praia e fui sondado se a Daniela gostava de participar para ter tempo para me preparar se voltava ou não ao voleibol de praia. E quando ela disse que gostava, pensei: ‘Embora nisso!’. Achei sempre que seríamos uma boa dupla: temos parceria, união e conhecemo-nos bem. Acabou por correr bem», revelou Vanessa sobre como se juntaram as novas detentoras do título.

Curiosamente, na véspera, 3.ª ronda, Daniela e Vanessa haviam perdido, na negra, face a Beatriz e Inês (18-21, 21-19, 13-15). Ontem, reencontraram-se na final, mas o desfecho inverteu-se. «Acreditamos sempre, mas quando acontece, até parece que é meio esquisito termos ganho. Acho que desde o início deste jogo, apesar de termos perdido ontem [sábado], tanto eu como a Daniela acreditávamos. Sabíamos que ia ser um encontro em que o vento iria condicionar as duplas e tanto nós como elas, já sabemos o que cada uma vai fazer. São detalhes, emoções que, por vezes, gerem um pouco o jogo. E nós conseguimos controlar as nossas. Perdemos o primeiro set, foi difícil, mas ao longo do dia conseguimos várias remontadas e esta foi mais uma. Acreditávamos quando estávamos a perder», referiu ainda Vanessa Paquete.