Pedido de Robinho rejeitado: ex-jogador fica na prisão até 2033
Robinho tentou obter a libertação da prisão um ano depois de ter sido extraditado de Itália para cumprir a pena por violação, mas o Supremo Tribunal de Justiça do Brasil recusou o novo pedido dos advogados do antigo jogador, que terá mesmo de cumprir o resto da sua sentença de oito anos, até 2033.
O Supremo Tribunal Federal rejeitou por maioria um novo pedido de libertação apresentado pela defesa de Robinho. O antigo avançado do Real Madrid e do Milan permanecerá, assim, atrás das grades até ao final da pena de nove anos de prisão imposta pela justiça italiana por violação em grupo.
Robinho, refira-se, cometeu o crime sexual em 2013, numa discoteca no bairro de Bicocca, em Milão. O tribunal da capital da Lombardia condenou-o em 2017, e a sentença tornou-se definitiva em 2022.
O brasileiro de 41 anos, juntamente com outros amigos, terá seduzido uma jovem de 23 anos, oferecendo-lhe bebidas até que esta não conseguisse oferecer resistência.
Contestaram a decisão, invocando a aplicação retroativa de uma lei
Os advogados do ex-futebolista contestaram a legalidade da detenção, argumentando que o artigo 100.º da Lei de Migração de 2017, que regula o cumprimento no Brasil de penas proferidas no estrangeiro, não pode ter efeito retroativo, como no caso de Robinho.
No entanto, o Supremo Tribunal confirmou a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que reconheceu a validade da sentença proferida pela justiça italiana e ordenou o cumprimento imediato da pena de prisão no Brasil, conforme solicitado pelas autoridades de Roma.
Condenado em definitivo em 2022 em Itália, Robinho está detido desde março de 2024 em Tremembé, no estado brasileiro de São Paulo, numa prisão considerada modelo e conhecida por albergar muitos reclusos famosos.