Palhinha e o tempo no Bayern: «Não foi fácil para mim»
No primeiro dia de concentração da Seleção Nacional, antes dos encontros frente à Irlanda e à Hungria, João Palhinha assumiu o papel de porta-voz da equipa das quinas e falou aos jornalistas, em conferência de imprensa.
O médio, que não é titular na Seleção há um ano, falou da época passada e do espaço que perdeu nas escolhas de Roberto Martínez. Ainda assim, afirmou que está preparado para estar no onze titular.
«O momento na Seleção depende muito daquilo que vivemos no nosso clube. A temporada passada não foi fácil para mim. Especialmente, quando me lesionei na Seleção, parei mais tempo do que estava à espera. Depois, não tive as oportunidades que acho que merecia ter tido. Talvez tenha tido impacto nos minutos da Seleção, porque quando estamos bem e a jogar nos clubes, é mais fácil jogar na Seleção. Mas são fases. As nossas carreiras vivem de fase. Agora estou a atravessar uma fase feliz da minha vida. Novo clube, novo projeto, numa liga que não é nova para mim e que estou novamente a desfrutar. O futebol e a vida são muito momentâneos. Resta-me aproveitar estes momentos», começou por dizer.
«Acredito sempre que posso ser titular. Estou sempre preparado para ser chamado. Dou sempre o máximo nos treinos. Espero a oportunidade, mas estou preparado se for chamado ou não. Claro que quero ter sempre essas oportunidades, mas cabe ao mister decidir quem está mais preparado para começar o jogo. Resta-me demonstrar nos treinos que estou preparado», afirmou.
Sobre a forma efusiva como festeja os golos que marca, Palhinha explicou: «Pode ser explicado por não marcar muitos, pode ser por aí, mas celebro sempre com a emoção que tenho. Diz muito daquilo que vai dentro de mim no momento em que marco um golo. Tenho três golos, mas espero ter bem mais daqui a alguns meses. Tracei esse objetivo pessoal para essa época. Mas não estou focado nesse objetivo. É um sinal do trabalho que tenho vindo a fazer. Venho de uma época muito difícil e talvez tenha festejado efusivamente também por ter muitas coisas guardadas aqui dentro. E, obviamente, poder dedicar cada momento dos sucessos aos meus filhos, porque é o primeiro pensamento que tenho quando marco. Estas emoções todas são o que me leva a festejar assim.»