Fernando Gomes, presidente do COP -  Foto: Miguel Nunes
Fernando Gomes, presidente do COP - Foto: Miguel Nunes

Orçamento do COP para 2026 aprovado por unanimidade

Orçamento do Comité Olímpico de Portugal para o próximo ano prevê resultado positivo de 5.560 euros, com despesas de 12,288 milhões de euros e receitas de 12,293 milhões

O Plano de Atividades e o Orçamento do Comité Olímpico de Portugal (COP) para 2026, os primeiros sob a presidência de Fernando Gomes, foram aprovados por unanimidade pela assembleia plenária.

Numa reunião realizada pela primeira vez com acesso à comunicação social, todos os representantes presentes validaram o documento, que antecipa um resultado positivo de 5.560 euros, com despesas na ordem dos 12,288 milhões de euros e receitas de 12,293 milhões.

«Creio que esta aprovação é uma manifestação de confiança no trabalho que temos vindo a desenvolver», afirmou o presidente do COP à agência Lusa. Gomes recordou que o orçamento agora aprovado dá continuidade ao retificativo validado em setembro e reflete sobretudo as expectativas das diversas federações.

Cumprindo a promessa eleitoral de recentrar a atuação do COP no atleta, Fernando Gomes mostrou-se satisfeito com a unanimidade alcançada. Segundo afirmou, o voto conjunto das federações reconhece o esforço feito para reforçar a defesa e promoção dos atletas, sublinhando ainda o impacto do aumento de 30% anunciado pelo Governo para a preparação olímpica rumo a Los Angeles 2028. Esse reforço, disse, permitirá melhorar as condições de treino e potenciar resultados desportivos.

Após a reunião, que contou com 33 federações olímpicas e 11 não olímpicas, mais 12 membros extraordinários, o presidente destacou a oportunidade de reforçar o apoio aos atletas no ciclo para Los Angeles 2028. O contrato-programa para esta preparação subirá de 22 para 30 milhões de euros, face ao montante destinado a Paris 2024.

Gomes garantiu que todos os fundos destinados ao plano olímpico serão aplicados diretamente nos atletas: bolsas, apoio a treinadores e financiamento das federações. Explicou ainda que está a ser delineada uma estratégia para criar uma equipa multidisciplinar nas áreas da psicologia, nutrição e apoio médico, de forma a proporcionar melhores condições de preparação.

Além do orçamento, a assembleia analisou também as condições de apoio à contratação de profissionais qualificados para as federações desportivas, num ano que contará com três missões: os Jogos Olímpicos de Inverno Milão-Cortina, os Jogos do Mediterrâneo de Taranto e os Jogos Olímpicos da Juventude de Dakar.

O regulamento aprovado pretende operacionalizar uma dotação de quase 11 milhões de euros destinada à contratação, por quatro anos, de diretores técnicos e gestores desportivos, estes últimos com grau académico concluído em 2022 ou posteriormente. A proposta mereceu aprovação por maioria, registando-se apenas a abstenção da Federação Portuguesa de Voleibol, que contestou o facto de estruturas já dotadas de diretores técnicos ficarem excluídas dos apoios.