Neta de John F. Kennedy revela diagnóstico de cancro terminal

Tatiana Schlossberg, jornalista de 35 anos, filha de Caroline Kennedy e neta do antigo presidente dos EUA John F. Kennedy, revelou publicamente ter sido diagnosticada com cancro em fase terminal. A notícia foi partilhada num ensaio de grande emoção publicado na revista The New Yorker, onde detalha a sua luta contra a leucemia mieloide aguda.

A doença foi descoberta no ano passado, logo após Schlossberg ter dado à luz a sua segunda filha. A jornalista explica que, após o parto, o seu médico detetou um desequilíbrio na contagem de glóbulos brancos, sendo o diagnóstico de cancro, com uma «mutação rara chamada Inversão 3», posteriormente confirmado.

A notícia foi recebida com choque. «Eu não acreditava — não conseguia acreditar — que estavam a falar de mim. Tinha nadado uma milha na piscina no dia anterior, grávida de nove meses. Não estava doente. Não me sentia doente. Na verdade, era uma das pessoas mais saudáveis que conhecia», recordou.

Inicialmente, os médicos informaram-na de que o tratamento convencional não seria suficiente. «Não poderia ser curada com um tratamento convencional», afirmou, indicando a necessidade de meses de quimioterapia e um transplante de medula óssea.

Após o parto, Schlossberg passou cinco semanas internada em Nova Iorque, seguindo-se o transplante de medula. Em janeiro, integrou um ensaio clínico de terapia com células CAR-T. Contudo, os médicos comunicaram-lhe que a sua esperança de vida seria de apenas um ano.

No seu texto, a jornalista realçou o apoio incondicional do marido, George Moran, com quem está casada há oito anos, e que se desdobrou em cuidados: «O George fez tudo por mim que era humanamente possível. Falou com todos os médicos e com as seguradoras com quem eu não queria falar; dormiu no chão do hospital.»

Tatiana, que é mãe de um filho de três anos e uma filha de um, expressou uma profunda gratidão pelo apoio familiar, incluindo os pais e os irmãos, que a ajudaram a cuidar dos filhos e estiveram presentes nos seus internamentos.

«Seguraram a minha mão sem hesitar enquanto eu sofria, tentando não mostrar a sua própria dor e tristeza para me protegerem. Esta tem sido uma grande dádiva, embora eu sinta a dor deles todos os dias», partilhou.

Schlossberg concluiu o ensaio com uma reflexão comovente sobre os filhos e a tentativa de criar memórias duradouras: «Vou continuar a tentar lembrar-me [dos momentos com a filha mais nova].»

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