Neemias Queta, jogador dos Boston Celtics - Foto: NBA
Neemias Queta, jogador dos Boston Celtics - Foto: NBA

Neemias Queta e a evolução nos Celtics: «Consigo ter mais impacto»

O poste português é a «arma fiável» de Boston e revela que Jayson Tatum, lesionado, tem sido o seu mentor no banco

Neemias Queta tem vindo a assumir um papel de destaque nos Boston Celtics esta temporada. O poste português, que se tornou titular esta época, é o líder do plantel no registo plus/minus (+110), definido pelos pontos marcados e sofridos pela equipa quando o jogador está em campo, a 12.ª melhor marca de toda a liga. Apesar da boa forma, Queta mantém a modéstia.

«Diria que é um trabalho em progresso», afirmou o basquetebolista. «Sinto que ainda tenho aspetos a melhorar. E, como disse, tenho trabalhado nisso. Nota-se a diferença desde a minha primeira vez como titular, no ano passado, penso que contra Atlanta. Agora, sinto-me mais confortável em campo, consigo ter mais impacto por minuto.»

Tatum como mentor no banco

O português revelou que tem tido o apoio constante de Jayson Tatum, a estrela da equipa, que está lesionado com uma rotura no tendão de Aquiles e tem assumido um papel de mentor.

«Sim, ele tem estado em cima de mim desde que cheguei a Boston e conseguimos construir essa relação», explicou Queta. «Ele está sempre a tentar ajudar-me a perceber o que posso fazer melhor, como posso criar espaços para os meus colegas. Funciona como uma espécie de treinador, já que não pode jogar. Sinto que tem sido uma das vozes mais ativas, sempre a tentar liderar-nos da forma que consegue».

Foco na intensidade e gestão do tempo de jogo

Apesar de ser titular, o tempo de jogo de Queta (23,9 minutos) ainda é inferior ao dos restantes titulares, com a acumulação de faltas a ser um problema ocasional. O português negou que a sua condição física seja a razão.

«Não creio que seja uma questão de fôlego ou condição física», esclareceu. «É mais uma decisão do Joe [Mazzulla, o treinador]. Entramos em campo e jogamos com a máxima intensidade, sejam dois, três ou dez minutos».

O poste mostrou-se totalmente disponível para o que o treinador lhe exigir: «Se tiver de jogar 40 minutos, jogo. Se tiver de jogar cinco, também jogo. Não gosto de me impor esse tipo de limitações. Quando o momento chegar, com a adrenalina a fluir, sei que me vou adaptar. É algo que consigo gerir», concluiu.

Os Celtics terão agora um calendário mais leve, com apenas três jogos nos próximos dez dias, começando já este domingo contra os Clippers.