«Não tenho qualquer dúvida que vamos ser felizes»: tudo o que disse Rui Borges

-No que é que a equipa do Sporting pecou hoje?

-Foi um jogo repartido, intenso, bem jogado, competitivo, o FC Porto tem um lance na bola de saída [bola ao poste de Borja Sainz] que já tinhamos identificado, mas foram fortes no duelo. Entrámos bem nos primeiros dez/quinze minutos de jogo, não deixámos o FC Porto pressionar. A primeira parte foi bastante equilibrada. Entrámos bem na segunda parte e no momento em que estávamos melhor no jogo, cinco minutos saem-nos caro. As primeiras abordagens do FC Porto na segunda parte são os dois golos. Estávamos bem iamos refrescar a equipa, nada previa estas situações, em cinco minutos perdemos o controlo. O 0-2 podia atirar-nos para baixo, reagimos bem, fizemos um golo, podiamos ter feito o 2-2, empurrámos o FC Porto para o próprio meio-campo, mas o futebol é isto. Não fomos capazes na finalização, ficámos ansioso e perdemos a calma especialmente na compensação. Parabéns aos adversários.

-Ao contrário do que tinha feito nas primeiras três jornadas, o Sporting jogou de forma muito direta e perdeu muitas vezes a bola. Esta estratégia magoa a identidade que o clube vinha a construir?

-Concordo e não concordo. Nós não fugimos à nossa identidade. É simples perceber as dinâmicas do FC Porto, não fugiram do que esperávamos, mas são muito fortes no que fazem, Entram em muitos duelos homem a homem. Conseguimos ligar o jogo interior e por fora, mas tínhamos de colocar a defesa do FC Porto em situações de 1x1 com o Suárez. Tinhamos de procurar espaço. Se nos pressionam alto, onde é que está espaço? Nas costas, pela profundidade A equipa percebeu os momentos em que podia expor o adversário a problemas e esse era o objetivo. Feliz pelo que a equipa foi capaz num jogo onde o FC Porto foi mais feliz.

-O campeonato deu um passo em frente em termos de qualidade dos três grandes?

As equipas grandes reforçaram-se com mais qualidades, estão mais capazes, têm mais soluções, e tornam-se mais competitivos. Foi um bom jogo, disputado por duas grandes equipas. Os grandes podem, e não só, podem estar mais fortes, têm mais soluções. O Famalicão, o Moreirense estão a fazer um bom início de época, o Gil Vicente está a jogar melhor. Acho que vai ser um campeonato mais equilibrado.

-Detetou alguma lacuna neste jogo que o Sporting tem de suprir até ao fecho do mercado na segunda-feira?

-Não falo de mercado. Não muda em nada a minha ambição de ganhar, e o orgulho no que a equipa tem feito neste início de época. Sofremos dois golos, só marcámos um. Estou feliz pelo plantel que tenho e pelo que tem acontecido, tudo o que pretendíamos estava identificado

-Já pode falar sobre Ioannidis?

-Do Ioannidis nao vou falar porque não foi apresentado como jogador do Sporting, então não é jogador do Sporting.

-Que reflexão faz após somar duas derrotas nos dois primeiros clássicos?

-Foram mais fortes que nós, perdemos. Não fomos inferiores sempre, apenas foram em alguns momentos melhores que nós, não muda nada.

-Pensa que as declarações de Farioli sobre as expulsões a favor da equipa do Sporting influenciaram a atuação da equipa de arbitragem hoje?

-É normal ter dito isso, ia defrontar o bicampeão.

-O que é que falta ao Geovany Quenda para ser titular e porquê a opção por Geny Catamo?

-A equipa vinha numa dinâmica de vitórias. A malta que entrou, entrou bem, tem dado boa resposta. Só posso meter um. Não foi só o Quenda. O Va[giannidis] também entrou bem, o próprio Harder dá sempre uma energia muito própria, todos esperam por uma oportunidade do mister. Estou feliz pela resposta que têm dado, seja a jogar 20, 30 ou 90 minutos.

-O Sporting não perdia em casa há 24 jogos. Pode prometer que voltará a construir um ciclo tão dominante?

-Posso prometer muito trabalho e muita ambição para jogar todos os jogos,, já demonstrámos que somos muito difernciados em todos os sentidos, não tenho qualquer dúvida que vamos ser felizes.