Morreu Brigitte Bardot

Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, morreu aos 91 anos. A informação foi avançada pela sua fundação, com o mesmo nome.

«A Fundação Brigitte Bardot anuncia com enorme tristeza o falecimento da sua fundadora e presidente, Madame Brigitte Bardot, atriz e cantora mundialmente reconhecida, que escolheu abandonar a prestigiada carreira para dedicar a vida e energia à defesa dos animais e à sua fundação», lê-se em comunicado.

Segundo o jornal Nice-Matin, Brigitte Bardot tinha sido hospitalizada em outubro em Toulon, para uma cirurgia, tinha regressado a casa, em Saint-Tropez, para descansar, e, após informações da Imprensa sobre nova hospitalização no final de novembro, quis tranquilizar os fãs, pedindo a todos «para se acalmarem».

A atriz, que nasceu em Paris em 1934, ganhou notoriedade nos anos 50 do século passado, com o filme Et Dieu... créa la femme (E Deus… criou a mulher), de Roger Vadim, em 1956, que agitou a época.

Também se destacou em filmes como A Verdade (1960), de Henri-Georges Clouzot, O Desprezo (1963), de Jean-Luc Godard, Vida Privada (1962), de Louis Malle, e As Rainhas do Petróleo (1971).

Símbolo de beleza — a troca do cabelo moreno para loiro fez sensação e criou tendência na época —, a artista surpreendeu ao virar as costas à sétima arte, há 50 anos, para se dedicar à defesa dos animais. Nessa luta, protestou junto de líderes mundiais a propósito do extermínio de cães na Roménia, morte de golfinhos nas Ilhas Faroé e abate de gatos na Austrália.

A nível político, também gerou polémica com o livro A Cry in the Silence (Um grito no silêncio), em 2003, no qual defendia ideais de direita, manifestando-se contra aquilo que considerou ser a «islamização da sociedade francesa» — foi, de resto, em várias ocasiões, condenada por incitar ao ódio.