Seleção nacional está nos oitavos de final do Mundial

Mundial de voleibol: «Vamos ver o jogo e torcer pelos Estados Unidos!»

O selecionador nacional, João José, confessa que foi um jogo de nervos mas que o objetivo continua de pé. Agora, só falta os americanos cumprirem o seu papel, a partir das 10h30, frente a Cuba

Portugal derrotou a Colômbia por 3-2 esta madrugada, num jogo que ofereceu mais dificuldades do que as esperadas à Seleção Nacional de voleibol no Mundial das Filipinas. Ainda assim, o técnico português, João José, não tem dúvidas de onde esteve o problema.

«A pressão é daquelas coisas inexplicáveis. Apareceu, esteve muito presente ao longo de toda a competição, mas faz parte. Hoje, mais uma vez, já sabíamos disso. Ou seja, já sabíamos que se viéssemos para o jogo de hoje com a oportunidade de poder passar para a próxima fase, que esta pressão iria aparecer, e apareceu. Tornou o jogo difícil, mas penso que também o facto dos atletas perceberem que isso iria acontecer também ajudou a que no terceiro set, desligarmos um bocadinho daquilo que poderia acontecer e pensar naquilo que poderíamos fazer durante o jogo, as coisas que não controlamos e as coisas que controlamos. E a partir daquele momento, que nunca sabemos muito bem quando é que dá aquele clique, eles libertaram-se e o jogo progressivamente foi evoluindo», explicou o algarvio.

«Penso que fica a ideia que Portugal soube superar-se. É preciso perceber que nós viemos aqui com expectativas bem realistas de que queríamos ir para a fase seguinte, mas que era extremamente difícil. E o que eles fizeram foi superar-se, conseguiram entrar bem no primeiro jogo, que é sempre difícil, com uma equipa que fisicamente e no ranking prova que é superior a nós. No segundo jogo, os Estados Unidos tiveram de jogar, não houve ali um demérito nosso, efetivamente foram para cima de nós, jogaram e nós não conseguimos», assumiu.

«Hoje tivemos de aguentar a pressão, mais uma vez tivemos de nos superar. O jogo de hoje foi um jogo difícil. A Colômbia não tinha nada a perder, jogou solta, fez, se calhar, o melhor jogo da competição porque estava livre da pressão e nós tivemos de reagir. Claro que um 3-0 era melhor. Esses dois setes vão fazer falta? No jogo de ontem fazia falta meter um set? Claro que sim, mas o objetivo era estar na condição de conseguir passar. Estamos na condição de conseguir passar, se tivéssemos garantido já, melhor ainda. Não temos, temos de aguardar», considerou.

 

E vai aguardar, juntamente com os jogadores, na bancada pelo desfecho do encontro entre os Estados Unidos e Cuba, onde o triunfo dos americanos coloca a Seleção Nacional nos oitavos de final, enquanto a vitória cubana coloca um ponto final na prestação portuguesa naquela que é a sua terceira presença em Mundiais.

«Claro que vamos ver o encontro, vamos ficar a fazer contas e vamos torcer pelos Estados Unidos, porque podem ajudar-nos a passar!»