Micael Sequeira não atira a toalha ao chão: «Benfica pode perder pontos»
Micael Sequeira recusou assumir que o Sporting tenha ficado mais longe do título após o empate frente ao Benfica (1-1). Questionado sobre o facto de a equipa já não depender apenas de si própria, o treinador leonino foi claro.
«Este campeonato, por ter menos equipas, está mais competitivo, as equipas estão mais equilibradas e, a qualquer momento, o Benfica pode perder pontos. Nós temos é de fazer o nosso trabalho e procurar ser mais consistentes. Acredito que isto ainda pode mudar. Acredito que isto ainda pode mudar, mas para isso temos de ser mais consistentes não só nos confrontos diretos, mas sobretudo com as outras equipas, onde já perdemos pontos. Se conseguirmos ser mais equilibrados nesses momentos, isto não está fechado e acredito que podemos chegar ao Estádio da Luz, perto do final do campeonato, ainda a disputar o título. Tenho fé nisso, mas precisamos de ter a atitude que tivemos hoje na segunda parte nos outros jogos, ser uma equipa mais competitiva e não oscilar tanto», começou por dizer.
«É normal haver oscilações, é um grupo novo, com uma mudança grande e arriscada, mas estamos a fazer as coisas com consciência; não se constrói uma equipa nova de um momento para o outro, é difícil com uma equipa muito jovem, com jogadoras ainda a estrear-se nestes ambientes. Isto leva tempo, gostaríamos de estar mais à frente, mas estas oscilações resultam das mudanças que estamos a fazer; é o caminho certo, continuar a trabalhar, dar oportunidades às jogadoras mais novas e seguir neste sentido», continuou.
Na análise global ao encontro, o técnico admitiu a superioridade encarnada no arranque da partida, explicando-a pelo impacto emocional do palco e pela juventude do grupo. «O Benfica entrou melhor do que nós. Nós acusámos um pouco o fator emocional, não conseguimos ter serenidade para ter bola, houve muita precipitação», reconheceu, lembrando que várias jogadoras se estrearam em Alvalade.
«A nossa grande vantagem era jogar perante os adeptos, que foram fundamentais quando a equipa começou a crescer, empatou e depois eles empurraram-nos, quase conseguindo a vitória; essa era a grande vantagem. A desvantagem, que sabíamos que podia acontecer, era a tal ansiedade negativa: jogar em Alvalade é um momento diferente daquele a que estamos habituadas, foi a primeira vez aqui para muitas jogadoras, e isso naturalmente podia provocar essa ansiedade», considerou.
«Notou-se que jogadoras tecnicamente evoluídas não conseguiam fazer um ou dois passes seguidos, a equipa não se enquadrou e é capaz de fazer muito mais. Mesmo assim, demonstrámos a atitude da segunda parte, gostaríamos muito de voltar a jogar aqui e acredito que, se voltarmos, estaremos mais fortes, porque essa ansiedade negativa já não surgirá da mesma forma, será a segunda vez e, aos poucos, a equipa vai soltar-se; esta juventude que temos acabará por equilibrar», concluiu.
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