Tudo igual na frente: Sporting e Benfica empatam em Alvalade

O dérbi eterno feminino voltou a Alvalade, num encontro com caráter (praticamente) decisivo. A pressão estava do lado do Sporting — obrigado a ganhar para não ver o rival da Segunda Circular fugir (ainda mais) na liderança. Foi, contudo, o Benfica que mostrou desde cedo o porquê de estar no topo do campeonato.

Fortes nas dinâmicas, velozes e pressionantes, as encarnadas entraram com tudo e dominaram quase todo o primeiro tempo. Nas laterais, Lund e Amado criavam constantes desequilíbrios, Lúcia Alves e Davidson exploravam o espaço para gerar perigo, enquanto Moller e Nycole iam causando sucessivas dores de cabeça às centrais verdes e brancas. 

Foi, por isso, sem surpresas que o golo inaugural foi pintado de encarnado. Num lance com falhas imperdoáveis da defesa leonina, Catarina Amado teve tempo e espaço para cruzar e colocar a bola na cabeça de Nycole que, completamente desmarcada, atirou a contar (22’).

Do lado leonino, as dificuldades eram óbvias e o desaparecimento das figuras fazia-se sentir. Brenda Pérez e Bonsegundo não conseguiam pegar no jogo e Telma Encarnação não estava a ser servida.

De resto, não fosse uma mão cheia de intervenções decisivas de Anna Wellmann — com destaque para uma defesa monumental a remate de Davidson (35’) — e o resultado ao intervalo poderia ter sido bem mais pesado do que o 0-1 registado.  

Apenas aos 41’ o Sporting conseguiu criar algum perigo, com um tiro de longe de Telma Encarnação a ser travado pela guarda-redes de 17 anos do Benfica, Thaís Lima. 

Insatisfeito, Micael Sequeira mexeu na equipa no início da segunda parte – com a entrada de Raphinho – e foi aí que o Sporting viveu o melhor momento na partida. O desacerto de Armengol e o voo de Thaís Lima, a defender a tentativa de Telma, impediram que as leoas chegassem ao empate. 

Depois desse período... voltou tudo ao mesmo. Quase uma cópia a papel químico do primeiro tempo. Benfica a atacar, a criar ocasiões flagrantes e Wellman a brilhar. Foi uma sucessão de lances de perigo sempre com um de dois desfechos: ou as atacantes encarnadas falhavam o alvo ou a alemã defendia.  

Quando parecia que o Benfica ia levar os três pontos, face às dificuldades do Sporting, Carolina Santiago foi derrubada na grande área, com Ana Afonso – mesmo perante as dúvidas do VAR - a assinalar penálti, que Telma Encarnação não desperdiçou (88’). 

Sem mais alterações no marcador, o empate foi o resultado e, na frente, fica tudo igual.