Melhor jogador do Campeonato do Mundo teceu algumas declarações na Cidade do Futebol

Mateus Mide admite: «Não estava à espera que o Mundial corresse assim tão bem»

Bola de Ouro da competição falou, ainda, da importância da distinção. Romário Cunha e Bernardo Lima também falaram na Cidade do Futebol

A Seleção campeã do mundo de sub-17 foi, este sábado, homenageada na Cidade do Futebol. Após a cerimónia, Mateus Mide, o Bola de Ouro do Mundial, admitiu que não esperava que o percurso português terminasse com a glória.

«Não estava à espera que corresse assim tão bem. Claro que todos ambicionamos que corra bem, mas, desta maneira, não estava à espera», disse o jogador do FC Porto. «O título no Euro trouxe-nos mais responsabilidade para fazermos uma caminhada como a que fizemos no Mundial», acrescentou, comentando, ainda, a distinção que recebeu.

«Olha para isso como algo que pode dar-me valor no futuro. Depois de receber o prémio, vi quem tinham sido os vencedores anteriores e vi que tinham sido grandes jogadores. Espero que um dia consiga ser isso também», concluiu.

«Principal objetivo é chegar à Seleção A»

Também Romário Cunha, o Luva de Ouro, falou aos jornalistas e vincou a união do grupo. «O mais importante foi o coletivo, que foi extraordinário. Individualmente, é sempre bom ter esse reconhecimento. É fruto do meu trabalho no clube e na Seleção. Agradeço a todos os que me ajudaram a evoluir», referiu.

Romário Cunha foi o guarda-redes titular da Seleção no Mundial sub-17 - Foto: IMAGO

«Luva de Ouro? Um sentimento de gratidão, de que o meu trabalho está a ser recompensado e continuarei a dar o meu máximo, para continuar a vencer este prémios», continuou, apontado, de seguida, ao futuro: «O nosso principal objetivo é chegar à Seleção A.»

«Conquistámos o mundo»

Por fim, foi Bernardo Lima a tecer algumas declarações. «Não esperava uma receção tão grande como esta. Estamos muito felizes por vermos as nossas famílias, já não os vemos há muito tempo. É muito especial para nós.»

«Ainda não nos caiu a ficha. Demora sempre um bocadinho, como foi no Europeu. Conquistámos o mundo, acho que não temos bem essa noção. Agora com o passar dos dias, vamos começar a perceber o que fizemos», considerou, revelando a maior dificuldade que a turma de Bino Maçães enfrentou.

Bernardo Lima (Portugal) em ação na final do Mundial sub-17 - Foto: EPA/Noushad Thekkayil
Bernardo Lima (Portugal) em ação na final do Mundial sub-17 - Foto: EPA/Noushad Thekkayil

«Estar muito tempo fora e longe das nossas famílias custou-nos muito. É um fator que muita gente não vê, mas é o que custa mais. Mas, depois deste sacríficio todo, no final, soube muito bem. Foi preciso muito trabalho e muita dedicação. Depois deste mês difícil, esta conquista foi merecida, por tudo o que fizemos», afirmou. «Sempre acreditámos desde o ínicio», rematou.