Marco Silva revela que tentou contratar Gyokeres para o Fulham

Viktor Gyokeres vai ser novamente adversário do Fulham, de Marco Silva, que defrontou o sueco pela primeira vez quando ele ainda estava no Coventry, em 2021/22, época em que a formação orientada pelo técnico português venceu o Championship e subiu de divisão.

No entanto, o clube do ex-avançado do Sporting foi o único que venceu os dois jogos com os cottages e o ponta de lança bisou no primeiro encontro, voltando a faturar no segundo. Pouco mais de três anos depois, os dois vão-se voltar a encontrar e o treinador de 48 anos fez uma revelação: tentou contratá-lo para a Premier League.

«Essa história de que ninguém tinha reparado no Gyokeres, isso é tudo conversa. Não repararam os clubes de topo em Inglaterra, isso é óbvio. Não é fácil um jogador ir do Coventry para os clubes de topo em Inglaterra e naquele momento não era um jogador preparado para ir para lá. Agora, os clubes de meia tabela, em Inglaterra todos eles tinham reparado e tanto é verdade que existiram algumas propostas de compra para o Gyokeres, pelo menos naqueles dois anos em que sobressaiu um pouco mais», começou por dizer, em entrevista ao Canal 11, contando que falou com Hasan Çetinkaya, agente do atleta, sobre essa possibilidade.

«Eu cheguei a falar com o agente do Gyokeres, ou o clube chegou a falar com o agente de Gyokeres, numa altura em que… mas nós também tínhamos um avançado de nível mundial que era o Mitrovic e que não era assim tão fácil de substituir», explicou, dando a entender que a prioridade do ataque ao mercado não era de um avançado e que acabaram por não avançar.

«Mas nós naturalmente que reparámos, não só pelos golos que marcou, mas era um jogador claramente que se notava que com espaço… um jogador com um poderio fortíssimo, não há que esconder. Um jogador que já tinha uma boa capacidade de finalização, que na, minha opinião, aprimorou muito esse aspeto do jogo. Agora é um jogador que, ainda na forma como o Coventry jogava na altura, com espaço e com equipas mais subidas e com aquele espaço nas costas que ele tanto gosta, entre central e lateral, aquela forma que ele gosta de atacar também o espaço, era um jogador que fazia muita diferença, naturalmente. Nessa época em que jogou contra o Fulham, por norma nós tínhamos 60 a 70% de posse de bola e era o jogo ideal para ele jogar contra, claramente», lembrou, afirmando que o Arsenal é o clube ideal para as suas qualidades.

«Acho que ele irá encaixar num momento do jogo em que o Arsenal também tem. Independentemente de ser uma equipa de grande dimensão, mas talvez de todas as equipas que lutam pelo título, é talvez das equipas que tem o seu momento defensivo mais consolidado e mais sólido, e é uma equipa que no momento sem bola, se estiver um pouco mais baixa, não é uma grande preocupação para eles. Uma equipa fortíssima no primeiro momento de pressão, sim, mas a partir do momento em que a equipa não tem sucesso, não tem grandes problemas em baixar e baixa claramente com as duas linhas de quatro e o seu médio ofensivo e o seu avançado acabam por se juntar bem. E nesse momento é uma equipa tem muito espaço para explorar, esse será um momento em que Gyokeres vai encaixar muito bem», explicou, acreditando que vai ter um impacto no clube e na liga.

«No momento em ataque posicional, em que o Arsenal está claramente no espaço mais subido, iremos ver a capacidade de adaptação que terá também para esse momento de jogo, mas o Arsenal como tem essa valência e essa capacidade que entre outros clubes não se vê tanto, ele irá adaptar-se muito bem nesse aspeto. Eu acho que vai ter impacto, isso vai ter impacto. Agora se vai ter o mesmo impacto em Portugal, teremos de analisar com muita atenção e perceber se vai acontecer», finalizou.