Mãos de ouro em noite para barbas bem rijas (as notas dos jogadores do Sporting)
5 Vagiannidis — Começou de forma interessante, participando inclusive na jogada em que Trincão poderia ter feito 2-0, mas foi demonstrando alguma fragilidade defensiva, vítima que foi, igualmente, da pouca assertividade de Quenda na ajuda à guarda do flanco direito. Poderia ter-se redimido aos 66 minutos, caso recebesse bem o passe de Inácio e fizesse o que seria então mais fácil — o golo.
6 Diomande — Um muro defensivo duro e imponente. Teve, contudo, a felicidade de ter aparecido em campo um árbitro a deixar jogar sobre determinados limites. Em Portugal vai ter mais dificuldades em terminar jogos se não refrear alguns ímpetos.
6 Gonçalo Inácio — Bons cortes, pouco a fazer no golo sofrido e tentativas, sempre que possível, de ativação do passe longo. Aos 66 minutos descobriu Vagiannidis em posição de finalizar, mas o grego nem parar a bola soube. Nos minutos finais alternou, como quase todos, entre a precipitação e os movimentos salvadores.
7 Maxi Araújo — Entrou mal, falhando dois passes, mas no ato seguinte marcou um belo golo, elevando-se depois a patamares muito bons. É um dos jogadores mais competitivos deste Sporting, capaz de olhar os italianos de frente e aplicando a mesma garra que eles em campo. Quase estragava tudo na penúltima jogada do encontro, e não merecia mesmo tamanha infelicidade.
7 Hjulmand — Compôs, com Maxi e Trincão, o verdadeiro trio da barba rija que permitiu aos leões saírem com um ponto de Turim. Sentido posicional, tempo de corte, inteligência para jogar no limite das faltas, quer cometidas quer sofridas. Enfim, tudo o que se conhece dele e em versão Champions.
6 João Simões — O rapaz não tem medo deles nem de ter a bola! Aos 18 anos já usa as mesmas lâminas de barbear que os colegas mais velhos. Justificou nova titularidade com exibição personalizada.
5 Quenda — Não foi das melhores noites de Quenda, a pecar sobretudo pela pouca acutilância defensiva que se lhe exigia para o auxilio a Vagiannidis e o trancar do flanco onde pontificavam Yildiz, Thuram e Cambiaso. Resultaram daí o golo italiano e outras dores de cabeça, que o jovem não conseguiu compensar nas ações ofensivas.
7 Francisco Trincão — Que jogaço! O fininho do bigode à anos 80 foi um tremendo leão, sempre na luta, a atacar e a defender. Assistiu Maxi para o golo e pouco depois atirou (de pé direito!) à trave de Di Gregorio.
5 Pedro Gonçalves — É tão inteligente que após o jogo confessou na TV não perceber a distinção da UEFA como melhor em campo. Não que tenha jogado mal, mas não foi o Pote do costume e sabe-o bem. Ainda assim há a realçar a participação no arranque da jogada do golo leonino.
6 Ioannidis — Lutou, saiu esgotado pelas correrias entre as torres transalpinas e teve um delicioso pormenor ao dar de calcanhar para Trincão no lance do golo sportinguista. Aposta ganha de Rui Borges.
6 Eduardo Quaresma — Mal entrou conferiu logo maior segurança ao lado direito.
5 Geny Catamo — Fez um remate perigoso, é certo, e ajudou a segurar a direita, mas sem grande brilho.
6 Luis Suárez — Entrou para fazer de sósia de Ioannidis e... fez. Manteve a defesa em sentido e só não correu para onde não conseguiu. Ainda tem o bom passe para o tal remate de Geny.
— Alisson — Entrou nervoso e sem ritmo. Teve dois ou três lances nos quais podia ter aplicado a velocidade para colocar a bola longe do meio-campo leonino e não o fez, ajudando ao tremelique dos minutos finais.
— Morita — Ajudou a segurar o barco na pré-tormenta final.