Man. City: Guardiola explica sucesso recente com... falhanço no Mundial de Clubes
Pep Guardiola acredita que o Manchester City deixou para trás a apatia que marcou a última temporada e recuperou a energia. Depois de um ano sem conquistar qualquer grande troféu - algo que não acontecia desde 2016/17, a sua primeira época no comando dos citizens - o treinador espanhol vê sinais claros de renovação e revelou que esta a viragem teve um momento-chave no último verão, durante o Mundial de Clubes, com a eliminação precoce nos oitavos de final.
Questionado sobre o que mudou desde então, o técnico foi direto: «Energia, energia, energia. Em primeiro lugar, eu. Perdemos isso na época passada. Começámos a treinar melhor, a competir melhor. Depois disso podemos falar de três centrais, quatro defesas, extremos ou laterais — isso é tudo treta. Precisávamos de recuperar a energia e, a partir daí, criar um bom ambiente.»
«Havia algo… algo como um nevoeiro em Manchester, à volta do nosso centro de treinos. Faltava-nos qualquer coisa. Isto não é ligar e desligar um botão. Os treinadores não são mágicos, não estalam os dedos e de repente tudo fica claro. Às vezes é preciso tempo. Ganhar ajuda a acelerar esse processo», considerou.
Durante o defeso, Guardiola promoveu mudanças na sua equipa técnica, com a entrada de Pep Lijnders, antigo adjunto de Jurgen Klopp, do ex-jogador Kolo Touré e de James French, especialista em bolas paradas. O espanhol sublinhou a importância desse período de reconstrução interna. «Toda a gente estava feliz. Fizemos muitos jantares, muitas conversas sobre o que tínhamos de fazer na época seguinte. Queríamos prolongar isso, viver isso. Depois de falar com o Pep e o James, com o Manel [Estiarte], o Hugo [Viana], o Txiki [Begiristain], olhámos uns para os outros e dissemos: algo mudou. Algo que se sente.»
«Isso não significa que vais ganhar, mas significa que consegues reconhecer a equipa. Agora são oito vitórias seguidas. Não é fácil, mas competimos da forma certa. Temos de melhorar, claro, mas esta mentalidade é melhor», afirmou. Sobre se temeu não voltar a sentir essa energia, o treinador de 54 anos respondeu : «Não. A energia pode baixar, mas também pode subir. Nunca é sempre igual. Nem na vida profissional, nem na pessoal, estás sempre feliz ou sempre triste. Tens de perceber porquê, perceber o que faltou e voltar. Tudo na vida… há aquela frase, não é? ‘Isto vai passar.’»
A vitória em Nottingham, decidida com um golo tardio de Rayan Cherki, prolongou a série de triunfos do City para seis consecutivos no campeonato e oito em todas as competições. A equipa ocupa o segundo lugar da tabela, a dois pontos do Arsenal, líder, e prepara-se para regressar à ação na quinta-feira, frente ao Sunderland.