Liverpool-Real Madrid: em duelo de gigantes há um em crise e outro firme
Os anos vão passando e por muito que os gigantes estejam em crise, os primeiros prognósticos sobre o mais provável clube a sagrar-se campeão da Europa não muda muito: Real Madrid sempre à frente de todos, mas também Milan, Liverpool, Bayern ou Barcelona. Será que alguma coisa mudou com a entrada dos milhões do Médio Oriente que na temporada passada tornaram o PSG esquadrão praticamente invencível?
Não, nada mudou entre os gigantes europeus e, sim, o jogo de hoje entre Liverpool e Real Madrid.
A história tem um peso enorme nos níveis de confiança e não será por acaso que o Real Madrid tenha conquistado 15 Ligas dos Campeões. Um efeito apenas do passado? Não, muito longe disso, se é verdade que o gigante espanhol venceu seis títulos entre 1955 e 1966, quando o mais cobiçado dos troféus do futebol europeu passou a designar-se por Liga dos Campeões, o domínio tornou-se mais esmagador: o primeiro foi arrebatado em 1997/98 e o último em 2023/24.
E há muitos portugueses nesta história de sucesso: Luís Figo foi campeão em 2001/2002; mas o mais ganhador foi mesmo Cristiano Ronaldo, que depois de ser campeão europeu pelo Manchester United (2007/2008) conquistou pelo clube da capital espanhola a Orelhuda quatro vezes, em 2013/2014, 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018.
Podemos todos dizer que Cristiano Ronaldo foi o principal jogador numa época de ouro do Real Madrid, mas neste período há mais futebolistas portugueses com uma influência enorme no desempenho dos merengues. Desde logo Pepe, que muitas vezes deu o corpo às balas, recebeu duras críticas, mas foi sempre um dos mais influentes esteios de um conjunto que sendo sólido defensivamente, beneficiava da magia dos virtuosos que tinha mais à frente.
Quem falta nesta equação? Fábio Coentrão, contratado ao Benfica em 2011/12 e que não sendo sempre um elemento fundamental no clube com mais títulos europeus, acaba por estar ligado a um ciclo de ouro.
Esta temporada o Real Madrid continua fortíssimo, ainda há pouco bateu o eterno rival Barcelona no El Clásico, mas essa não é a realidade do adversário nesta quarta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Momento de profunda crise para o Liverpool, que foi seis vezes vencedor da Liga dos Campeões, que a última vez que conquistou o mais desejado dos títulos foi em 2018/19, mas que depois de na época passada ser praticamente perfeito, está longe dos primeiro lugares na fase de grupos e na Premier League é apenas terceiro e já a sete pontos do Arsenal.