Liga 2: cartões foram em excesso, golos só dois e um ponto conquistado (crónica)

Tarde de verão na Madeira mesmo a calhar para as Festas das Vindimas, mas a dificultar a vida dos jogadores de Marítimo e Vizela que jogaram debaixo de sol tórrido, daí a paragem para hidratação ainda antes da passagem da meia-hora.

E, diga-se, foi a partir desse momento que mudou o figurino do encontro, então pautado pelo equilíbrio a meio-campo, com os insulares a terem algum ascendente no jogo ofensivo, com Martín Tejón a assumir as despesas, mas sem efeitos práticos, até que surge a expulsão de Romain Correia, que agarrou a camisola de Rodrigo Ramos, travando a progressão do vizelense e, na cobrança do respetivo penálti, um dos momentos altos do jogo: Heinz Morschel, com frieza e classe, colocou a bola na baliza, pela zona central, com toque subtil. Até ao intervalo (10 minutos de compensação), houve chuva de cartões e até consulta ao VAR num amarelo a Xavi Grande, por falta à entrada da área sobre Miguel Tavares, que poderia ter sido vermelho, mas Cláudio Pereira manteve a cor da advertência.

À entrada para a segunda parte, trio de alterações, o Marítimo passou a jogar com defesa a três, numa decisão de Vítor Matos que deu frutos, com Guedes e Guzzo em destaque pelo esforço extra na ajuda ao processo defensivo.

O Vizela passou por grandes apertos, cada vez mais encostado às cordas, e aos 63’, fruto da ratice de Simo Bouzaidi, que sacou segundo amarelo a Bright Godwin. De novo em igualdade numérica, o Marítimo tomou as rédeas do jogo e o empate não surpreendeu, com Guzzo a apunhalar a sua antiga equipa, após entrar na área, solto de marcação, para fuzilar a baliza de Gomís.

E até ao apito final só deu Marítimo, com o único remate do Vizela a acontecer aos 84’, em que Manu Garrido, em arco, atirou por cima.

Grande espírito de resiliência do Marítimo para resgatar um ponto diante do Vizela, um dos principais candidatos à subida, que, com este empate, vê o Sporting B isolar-se na liderança.