Leverkusen atropelado em Munique: os pontos fracos do Bayer antes de jogar com o Benfica
Quatro dias antes de jogar na casa do Benfica para a Champions League, o Bayer Leverkusen foi perder de forma clara (0-3) a Munique, perante um Bayern que espelhou muitas das fraquezas dos farmacêuticos.
O resultado ficou fechado na 1.ª parte, com os golos de Serge Gnabry (25’), Nicolas Jackson (31’) e um autogolo de Loic Badé (43’). Por outro lado, o primeiro remate enquadrado do Leverkusen só surgiu nos minutos finais, um dos muitos sinais preocupantes para a equipa antes de visitar o Estádio da Luz.
Onze inicial – dois melhores marcadores no banco
No meio de um calendário apertado, Kasper Hjulmand decidiu rodar a equipa em Munique, onde realizou o terceiro jogo num espaço de sete dias. Assim, Álex Grimaldo (sete golos) e Christian Kofane (quatro golos), os dois melhores marcadores da equipa (Schick também tem quatro golos, mas mais tempo de jogo que o camaronês) começaram a partida no banco de suplentes.
Tal tirou muita da ameaça e do poder de fogo que o Leverkusen poderia apresentar. Com o decorrer da partida, Grimaldo nem saiu do banco e estará pronto para se exibir a um bom nível no regresso à Luz.
Estratégia conservadora
Desde o primeiro minuto, o Leverkusen quis defender no seu último terço, esperando que a velocidade de Ernest Poku e a criatividade de Claudio Echeverri resolvessem tudo a nível ofensivo. Não resolveram e o ataque da equipa, na 1.ª parte, foi propositadamente tímido e depressa se tornou apático e inexistente.
Erros individuais
Todos os golos que o Bayern apontou foram marcados por erros defensivos do Leverkusen. No primeiro, Tom Bischof fez um belo passe para a desmarcação de Serge Gnabry, que fugiu com muita facilidade a Quansah. No segundo, Jackson surgiu completamente solto entre os centrais e no terceiro, Badé cometeu três erros que culminaram com um autogolo da sua autoria.
Postura ofensiva
As substituições do Bayer Leverkusen mostraram pouca ambição em mudar o rumo dos acontecimentos. Ao intervalo, Hjulmand só mudou uma peça no meio-campo (Ibrahim Maza rendeu Aleix García) e depois operou uma mudança completa do ataque, mas sem mudar a postura tímida.
Jonas Hofmann, Martin Terrier e Christian Kofane substituíram Echeverri, Poku e Schick. Três avançados por três avançados e o resultado foi apenas um remate enquadrado aos 81’ – Kofane obrigou Neuer a aplicar-se.
Claro é que preciso ter o contexto do jogo em mente: enfrentar o Bayern em Munique é diferente de qualquer outro jogo da Bundesliga. Este era um Leverkusen que tinha ganho 16 dos últimos 18 pontos possíveis no campeonato, antes de visitar a Allianz Arena. Ainda assim, foi um jogo que deu muito material de estudo para Kasper Hjulmand (e para José Mourinho), sobretudo no que toca aos erros a evitar no futuro, a começar com o Benfica.
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