Leixões queixa-se de carga da GNR sobre adeptos, incluindo mulheres e crianças

O Leixões emitiu na noite desta segunda-feira um comunicado a condenar «veementemente a conduta inadequada e excessiva por parte da GNR» ocorrida no final da partida frente ao Paços de Ferreira, da 10.ª jornada da Liga 2.

Na nota do clube de Matosinhos é referido que a carga policial que foi feita sobre os adeptos acabou por envolver mulheres e crianças que tinham estado a assistir à partida.

«Em vez de uma intervenção pontual para conter uma pequena desordem, a atuação das forças de segurança acabou por envolver vários adeptos, entre os quais se encontravam mulheres e crianças. Mesmo após a situação parecer estabilizada, foram observadas condutas desproporcionais e excessivas, que nada dignificam as forças de autoridade», lê-se no comunicado.

É ainda referido que quando o médico do Leixões se dirigiu à bancada para prestar assistência a um adepto ferido teve a intervenção «dificultada, tendo ele próprio sido alvo da fúria de algum dos agentes da autoridade».

Nesse sentido, o Leixões informa ter pedido para que no relatório final do jogo fosse solicitada «a preservação das imagens de videovigilância» para «agir em conformidade, zelando sempre pela justiça, segurança e bem-estar dos seus sócios e adeptos».

Contactada por A BOLA, a GNR deu a sua versão dos factos. «Após o terceiro golo da equipa da casa, os adeptos do Leixões foram confrontar o guarda-redes da própria equipa e os militares tentaram conter a situação. No seguimento, os adeptos viraram-se contra os militares, empurrando-os. De forma a repelir as agressões e impedir a invasão do campo, foi usada a força estritamente necessária», começa por explicar.

«Após o final do jogo, os adeptos tentaram furar o cordão policial formado para impedir invasões de campo e os militares contiveram essa tentativa», acrescenta.