Joaquim Milheiro perspetiva a estreia e revela oferta de... Otávio
Joaquim Milheiro diz que Portugal está preparado para a estreia no Europeu sub-19 esta segunda-feira, às 17h00, frente à Polóniam no estádio Tony Bezzina.
- Já sabe tudo o que há a saber sobre a Polónia?
- Já. Nesta fase já tenho de saber. Jogámos contra eles em novembro passado e ganhámos 2-0, num torneio particular. Mas esta não é exatamente essa Polónia. Tem semelhanças, mas nós tivemos que a analisar novamente e vimos algumas diferenças. É uma equipa muito noa, muito bem organizada. E tem um pormenor que au acho elevante: a maioria dos jogadores [12 em 20 convocados] joga fora da Polónia. Isso acrescenta-lhes experiência internacional.
- O grupo ficou afetado pelas constantes alterações que a convocatória foi sofrendo ao longo das últimas semanas?
- A preparação desta geração começou em novembro de 2018. Daí para cá, muitos jogadores foram convocados e estiveram presentes nos vários estágios. É claro que o grupo ficou triste quando tive que reduzir dos 25 para os 20 mas, por outro lado, já sabiam que ia ser assim. Tiveram um dia para estar com as famílias, recuperar energias e ficaram prontos para a competição. Os que não vieram têm muito talento, competência, e capacidade, tal como os 20 que acabaram por vir. Estarem aqui estes e não outros não é um 'handicap'. Somos uma família, não estão aqui só 20 atletas a competir. Estão estes 20, mais a energia de todos aqueles que por aqui passaram.
- Qual o tipo de coordenação e estrutura que existe na Federação Portuguesa de Futebol, que tem permitido a melhoria dos resultados recentes das seleções jovens?
- Esta geração, como outras mais recentes e de outros escalões, é o culminar de oito a 10 anos de trabalho profundo na FPF, de forma a mudar mentalidades e formas de trabalhar com os mais jovens. E nessa forma de trabalhar está a ligação entre os vários treinadores espalhados pelos vários escalões da Seleção Nacional. Para terem uma ideia, nós temos connosco aqui em Malta uma camisola que o Otávio nos veio dar, do último jogo dele pela Seleção A, frente à Islândia. Só prova a ligação que existe entre todos os escalões, dos mais novos até à seleção principal. Jogadores como o Rúben Dias, o Rúben Neves e até o Cristiano Ronaldo não se esquecem de que também passaram pelas seleções jovens, e nós sentimos o apoio deles.
- Esta seleção tem a particularidade de ter o Hugo Félix, irmão do internacional A, João Félix. Vê semelhanças entre eles?
- Têm os dois muito talento. O Hugo vê muitos jogos do irmão, claro. Dão-se muito bem. São ambos muto inteligentes, com técnica, mas têm estilos diferentes. O Hugo não é cópia do João, e se tentarmos que seja, vamos prejudicá-lo. Ele é muito importante para a equipa, e seguramente que vai ter um grande futuro.