João Almeida já pensa nas próximas etapas da Vuelta

João Almeida: «Não foi perfeito, mas...»

Corredor português considerou que o vento forte tornou a subida final «muito difícil», que não foi «perfeito», mas teve sempre os adversários controlados, apesar de ter cedido alguns metros após o ataque de Jay Hindley. Tal como o vencedor da etapa...

João Almeida foi quinto classificado na 17.ª etapa da Vuelta, que teve como vencedor o italiano Giulio Pellizzari (Red Bull), com 16 segundos de vantagem sobre o britânico Tom Pidcock (Q36.5). O português da UAE Emirates chegou a 22 segundos, perdendo dois para Jonas Vingegaard na luta pela camisola vermelha.

Logo após concluir a etapa, João Almeida falou aos jornalistas:

«Foi bastante dura na primeira parte. Foi muito difícil. Na segunda parte estava muito vento, e ninguém queria gastar mais forças. As condições de vento foram difíceis e no final chegamos praticamente todos juntos, ainda que alguns tivessem tido melhor sprint do que outros... Não foi perfeito, mas vamos focar-nos no contrarrelógio de amanhã [n.d.r.: entretanto encurtado de 27,2 para apenas 12,2 km por motivos de segurança]», declarou o português, que passa a ter 50 segundos de desvantagem para Vingegaard.

Questionado sobre ter cedido alguns metros no início da subida, João Almeida relembrou a sua imagem de marca. «Não tive problemas, estavam a atacar bastante forte e sabia que não era um ritmo sustentável para eles [adversários], por isso apenas coloquei o meu, e sabia que iria alcançá-los», explicou.

Ainda sobre a influência do vento na subida final, o corredor luso reforçou: «Sim, esteve a soprar realmente forte e estava sempre a mudar de direção, às vezes de frente, outros de lado. Foi difícil estar exposto».

Sobre o contrarrelógio que se segue: «Vai ser importante, pode fazer diferenças significativas, e espero que tenha boas pernas», disse Almeida, antes de se saber que a prova será encurtada de 27,2 para apenas 12,2 km por motivos de segurança.

Almeida foi perguntado sobre ter ficado sem apoio dos companheiros de equipa ainda antes da derradeira subida. «Obviamente, o vento tornou a corrida muito difícil para todos e a certa altura creio que todos nós [os líderes] ficámos isolados. Creio que não mudou muito».

E concluiu a entrevista rápida, referindo-se à perceção sobre o estado de forma de Jonas Vingegaard. «Não, ele não estava muito bem. Estávamos todos no mesmo barco, por assim dizer. O que disse às tantas durante a subida? Nada de especial, apenas que o vento estava bastante forte...».