Hugo Oliveira: «Benfica teve muitas preocupações defensivas»

— Que análise é que faz ao jogo?

— Foi um jogo que não acabou da forma como queríamos, apesar do Benfica ter tido mais uma ou outra situação que nós não tivemos, mas acabou por ser um jogo competitivo, taticamente equilibrado, entre duas equipas que foram organizadas do ponto de vista defensivo. Não definimos como tínhamos de definir na parte final do jogo para criar mais situações. Foi um jogo equilibrado e que poderia ter acabado também equilibrado no resultado final. Seria mais justo, na minha opinião. Foi jogo extremamente competitivo entre duas equipas boas, entre um grande clube e um clube que quer ser grande, que todos os dias trabalha para ser melhor, que se tem vindo a desenvolver com jovens que têm crescido do ponto de tático, técnico e mental, para chegar a estes jogos e lidar com tudo aquilo que se joga dentro do campo e fora do campo e continuar inteiro.

— Famalicão foi fiel às suas ideias. Na primeira parte procurou o 1x1 do Sorriso, depois mudou para 4x4x2. O que é que tentou fazer?

— A nossa forma de estar tem muitos caminhos e perante aquilo que são os caminhos que o adversário nos vai dando é por onde procuramos levar o nosso jogo. Benfica não quis abrir espaços, teve muitas preocupações defensivas, foi muito agressivo, saltou muito no homem a homem e no nosso meio-espaço, para impedir as ligações. O Benfica sabia que não podia permitir ao Famalicão criar aqui na Luz. Em alguns momentos criámos, conseguimos chegar em zona de finalização e não definimos quando podíamos ter definido, na minha opinião

— O Famalicão perdeu pela primeira vez fora de casa na Liga e pode descer para o sétimo lugar. Quais os objetivos? São europeus?

— O Famalicão tem por objetivo chegar a estes palcos e ser fiel a si próprio e ser grande. Quer ser orgulhoso da sua proposta de jogo e saber que dessa maneira é que vai retirar dividendos, que são os pontos que vão dar um lugar na tabela e que tem de ser condizente com a nossa proposta, que é corajosa, é ofensiva, de alguém que quer ser ambicioso dentro do campo. Não levamos nada daqui, é aquilo que nos amargura.