Há 29 anos que o Sporting não tinha só um dia de descanso

Estudos apontam que para recuperar entre jogos são precisas 72 horas. Mas desta vez o Sporting, entre dois encontros da equipa A, conta apenas com um dia de intervalo. Ou seja, entre a vitória em Tondela no domingo (3-0 no campeonato) e o jogo da Taça da Liga com o Alverca, esta terça-feira em Alvalade para a Taça da liga (20h15), menos de 48 horas para recuperar. Por isso Rui Borges a mudar radicalmente o onze.

Mas não é a primeira vez que este cenário acontece. Na história, foram já 14 as ocasiões em que os verdes e brancos jogaram dois jogos apenas com um dia de intervalo. A primeira em 1933, a última em 1996. Nesta mais recente, a 24 de outubro os leões ganharam 2-1 aos franceses do Metz na 2.ª eliminatória da Taça UEFA e a 26 venceram o Benfica por 1-0 no campeonato. Nada mau…

Mas já houve menos tempo de descanso até: por três ocasiões o Sporting jogou num dia e outra vez no dia seguinte. Foi assim a 2 de junho de 1929, nos quartos de final do Campeonato de Portugal, empate 1-1 com o Lusitano de Vila Real de Santo António, e a 3 de junho, no desempate também no Algarve, este com vitória sportinguista por 1-0.

Em 1954 dois jogos dos oitavos de final da Taça de Portugal com o Benfica. Derrota com os encarnados na 2.ª mão (1-2) a 30 de maio e vitória por 4-2 no dia seguinte no encontro de desempate da eliminatória.

30 de junho de 1979: Sporting, 1-Boavista, 1 na final da Taça de Portugal. Logo no dia 1 de julho a finalíssima com os axadrezados a vencerem por 1-0.

Ou seja, não é habitual tão pouco tempo de descanso entre jogos mas não é inédito, embora já pouco se use. Desta vez o Sporting assim aceitou e vê-se que claramente a pensar na Liga, primeiro, e na Champions, depois. Porque na sexta há outra vez jogo e outra vez com o Alverca para o campeonato, partida que se joga nesse dia e não no sábado porque os leões olham com muito foco também para o jogo com a Juventus, em Turim na terça-feira, da jornada 4 da UEFA Champions League. Um leão empenhado mas quase sem tempo para respirar.