Gattuso anuncia dois titulares e deixa bicada ao modelo de qualificação
A seleção de Itália encontra-se numa situação muito complicada e, dificilmente, escapará aos play-offs de acesso ao Mundial.
A líder do grupo I, a Noruega, tem três pontos a mais que a Squadra Azzurra e uma vantagem considerável na diferença de golos, sendo que é favorita no encontro caseiro contra a Estónia da próxima jornada.
Na jornada final, a Itália recebe a Noruega e dificilmente consegue uma goleada que anule a diferença de golos existente antes dessa partida. Neste momento, seriam 16 golos de diferença, o que implicaria vencer a equipa de Haaland e companhia por 9-0.
Apesar disso, Gennaro Gattuso, selecionador italiano diz que não pensa nos play-off: «A minha cabeça está apenas no jogo de amanhã, não vou mais além». Além disso, não subestima a Moldávia.
«Não há nada fácil, não é preciso ir muito longe. Lembremo-nos do jogo em Reggio Emilia há quatro meses. Muitos têm na cabeça a derrota por 11-1 com a Noruega, mas eles não são uma equipa de amadores. Têm as suas dificuldades, mas amanhã não será um passeio. Haverá mais do que uma alteração, quero ver o crescimento de que falo há tanto tempo», afirmou.
O treinador de 47 anos garantiu ainda dois titulares para o jogo de quinta-feira.
«Amanhã, o Scamacca e o Raspadori vão ser titulares. Depois, caberá a nós perceber quando já não aguentarem mais. O Scamacca não deve exagerar, tem de manter a calma e fazer um jogo sério», acrescentou.
Modelo de qualificação para o Mundial tem de mudar
A seleção de Itália só não venceu um jogo na qualificação - frente à Noruega ainda sob o comando de Luciano Spaletti, agora treinador da Juventus.
E, na América do Sul, várias equipas desperdiçaram muitos pontos, mas qualificaram-se por ser uma tabela de classificação única.
«Vencer ajuda a vencer, mas agora depende de nós. Vemos o grupo sul-americano com seis seleções a irem diretamente ao Mundial e a sétima a defrontar uma da Oceânia. O maior lamento é esse, certamente é preciso rever alguma coisa», disse de forma revoltada.
O antigo internacional italiano agradeceu ainda a Nicolo Barella, Riccardo Calafiori e Alessandro Bastoni pela presença nesta concentração porque não era garantido que fosse possível.
«Parabéns aos rapazes pelo profissionalismo, pelo sentido de pertença e pela vontade que estão a demonstrar ao vestir esta camisola e nos seus comportamentos», concluiu.