Flamengo e PSG na luta pela conquista do mundo

Entalada entre a tradição da Liga dos Campeões ou da Taça dos Libertadores e a novidade do primeiro Mundial de Clubes, a combalida Taça Intercontinental tem hoje uma final, apesar de tudo, muito aguardada, entre o Paris Saint-Germain, representante europeu e lógico favorito, e o Flamengo, representante sul-americano com legítimas esperanças de surpreender.

O confronto, no Estádio Ahmad bin Ali, em Doha, no Qatar, a partir das 17 horas de Lisboa, opõe um treinador de sucesso continuado, Luis Enrique, e outro em início de carreira, Filipe Luís. «A diferença só saberemos depois do jogo, agora não podemos dizer nada, nunca nos enfrentámos em campo, o Luis Enrique é um treinador que dispensa comentários, recebeu merecidamente todos os prémios possíveis, a equipa dele ganhou tudo», disse Filipe Luís.

«Jogámos com o Botafogo no Mundial, que fez um jogo fechado no próprio meio-campo e ganhou-nos, o Flamengo não vai jogar assim, joga muito bem com a bola, sai de trás, sem a bola pressiona muito bem, é uma equipa muito interessante, fisicamente muito forte, com jogadores experientes, de muita qualidade, que sabem jogar jogos importantes, creio que será uma final apaixonante», afirmou, por sua vez, Luis Enrique.

«Não tenho dúvida alguma que jogadores tão jovens e tão rápidos nos colocarão em dificuldade em determinados momentos do jogo, mas temos uma forma de defender, não defendemos o jogador, defendemos a equipa, a bola, e esperamos tirar o máximo de tempo possível de jogadores determinantes, em especial no meio, não tenho dúvidas de que teremos armas para neutralizar o ataque do PSG», continuou o brasileiro.

O espanhol destacou «a importância do jogo». «É a primeira vez que podemos levar esse troféu, antes, havia uma diferença na forma como europeus e sul-americanos encaravam as partidas mas hoje é importante para o Flamengo e também para nós». O PSG não conta com Hakimi, lesionado, e Marquinhos está em dúvida mas a equipa mais portuguesa de França deve ter Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e, talvez, Gonçalo Ramos de início.

Do lado rubro-negro, há um onze provável mas com dúvidas: Rossi; Varela, Léo Ortiz (ou Danilo), Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho e Arrascaeta; Carrascal, Bruno Henrique e Samuel Lino (ou Everton Cebolinha). O ponta de lança Pedro já jogou nas meias-finais com o Pyramids, do Egito, mas ainda deve começar no banco com o PSG que chegou ao jogo decisivo sem precisar de disputar eliminatórias.