Miguel Ribeiro tem 47 anos, começou como advogado do Varzim, onde trabalhou seis anos. Passou depois uma época no Marítimo, sete no Rio Ave e vai na oitava temporada como presidente do Conselho de Administração da SAD do Famalicão. Em grande entrevista a A BOLA, fala dos projetos do clube e da SAD; mas também (e sobretudo) do estado atual e futuro do futebol português

«Federação e Liga têm de entender-se sobre quadros competitivos»

Miguel Ribeiro tem 47 anos, começou como advogado do Varzim, onde trabalhou seis anos. Passou depois uma época no Marítimo, sete no Rio Ave e vai na oitava temporada como presidente do Conselho de Administração da SAD do Famalicão. Em grande entrevista a A BOLA, fala dos projetos do clube e da SAD; mas também (e sobretudo) do estado atual e futuro do futebol português

— Que propostas têm o Miguel e o Famalicão para os quadros competitivos portugueses?

— Antes de qualquer quadro competitivo alterado deve haver um estudo prático, verdadeiro, eficaz, que terá de ser apresentado aos clubes. Parece-me que o nosso número de clubes está equilibrado na primeira liga. A segunda liga vive com muitas dificuldades e dali para baixo há um impacto muito grande. A decisão sobre a segunda liga terá muito impacto nos quadros competitivos da Federação. Também aqui este tipo de discussão obriga a um pensamento coletivo, acima do que o clube A ou o clube B pretendem. O modelo e os quadros competitivos terão de ir para cima da mesa para uma discussão alargada entre a Federação e a Liga. Não é suficiente falar só da primeira e da segunda liga. Todo este pensamento é um grande desafio para ambos os presidentes. O modelo competitivo deverá ser olhado numa perspetiva transversal, a começar na primeira e a acabar na quarta divisão.